Iris Rezende justifica que críticas à presidente Dilma foram para despertar a petista
25 julho 2014 às 19h32
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Para o peemedebista, a presidente deve dispensar ajuda ao Brasil inteiro
“Um homem de 80 anos tem que estar a todo vapor para fazer uma caminhada dessa”, disse um homem que acompanhava o evento. Entre abraços, beijos, sorrisos e acenos (sempre), a chapa majoritária encabeçada por Iris Rezende, com Armando Virgílio a vice e Ronaldo Caiado (DEM) ao Senado Federal (como o jingle não deixava os presentes se esquecerem) percorreu a Avenida Mangalô, no Setor Finsocial, em uma passeata. Dessa vez, sem grandes críticas direcionadas ao governo de Marconi Perillo (PSDB), Iris discursou rapidamente em um posto na avenida dizendo ao final: “E que Goiás seja retomado do poder estadual no dia 5 de outubro.”
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Na correria, já com um pé dentro do carro, Iris foi questionado sobre as críticas desferidas contra a presidente Dilma Rousseff (PT) na última quinta-feira (24), ocasião em que o ex-prefeito de Goiânia afirmou que a gestora liberava verba apenas para Marconi Perillo, sem se lembrar de seu copartidário Paulo Garcia. Perguntado se os apontamentos feitos pelo político poderiam prejudicar uma aliança do PMDB com o PT em um possível segundo turno, Iris respondeu: “O que nós fizemos foi despertá-la para uma atenção maior ao nosso prefeito que tem enfrentado dificuldades, enquanto ela tem se lembrado do governo estadual, que não está politicamente integrado no próprio projeto da presidente.”
Para o peemedebista, a presidente deve dispensar ajuda ao Brasil inteiro. “Mas não é 60 dias antes da eleição continuar entupindo Goiás de dinheiro, coisa que a própria lei impede”, disse o peemedebista, próximo ao frigorífico — do seu copartidário Júnior Friboi– que exala um forte cheiro na região. “Vamos caminhar em muitas regiões de Goiânia, e entendemos que devemos começar aqui porque é uma parcela da sociedade que convive com muitos problemas, dependendo da ação do poder público”, disse Iris.
Durante todo o evento, as críticas ao governo de Goiás foram mais sutis. Do carro de som, podia-se ouvir: “Essa é a verdadeira pesquisa, minha gente! O apoio do povo”, enquanto os candidatos abraçavam donos de comércio e moradores da região. Estavam na caminhada, além da chapa majoritária, José Nelto (PMDB), o presidente estadual do PPL, José Netho, o prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela (PMDB), a deputada federal Dona Iris (PMDB), o vereador Mizair Lemes (PMDB), Lucas Vergílio (Solidariedade), o ex-senador Mauro Miranda, entre outras figuras políticas.