Auxiliar responde na Justiça por estelionato, formação de quadrilha e fraude em licitações enquanto chefe da mesma pasta, entre os anos de 2010 e 2011

O vereador Elias Vaz (PSB) notificou, na manhã desta quarta-feira (4/1) o prefeito Iris Rezende (PMDB) e o Controlador Geral do Município, Juliano Gomes Bezerra, sobre a ação penal contra o secretário de Cultura da capital, Kléber Adorno, nomeado na última segunda-feira (2) para compor a equipe de trabalho do peemedebista

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O secretário responde perante a Justiça a denúncias do Ministério Público Estadual, em ação penal, por estelionato, formação de quadrilha e fraude em licitações enquanto secretário de Cultura de Goiânia entre os anos de 2010 e 2011 que causou prejuízos de cerca de R$ 1,3 milhão ao cofre municipal.

A notificação foi encaminhada pelo vereador Elias Vaz (PSB), autor da denúncia à época. “Nós tivemos o convencimento das irregularidades cometidas pela secretaria e as apresentamos à Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra a Administração Pública. A Decarp investigou e comprovou os atos ilícitos apresentando a denúncia ao Ministério Público. O MP também se convenceu, propôs ação penal que foi acatada pela Justiça e está tramitando. É um absurdo que três instrumentos de investigação coloquem o secretário como acusado de três crimes e ele retorna para o comando da mesma pasta”, disse o vereador.

Vale lembrar que em março de 2012 Kleber Adorno foi afastado do cargo de secretário de Cultura, exatamente pelas irregularidades cometidas na secretaria.

Relembre o caso

Investigações da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra a Administração Pública comprovaram um esquema de beneficiamento de empresas ligadas ao alto escalão da Secretaria de Cultura de Goiânia. Para fugir da licitação, os contratos feitos com empresas que mediavam à contratação de artistas e prestavam serviços como montagem de palco, luz e som eram sempre fracionados e firmados com apenas cinco empresas.

O processo de nº201201214321 que tramita na 7º Vara de Crimes Punidos com Reclusão aponta que de 2007 a 2012 as cinco empresas teriam recebido R$ 4,7 milhões e contratos superfaturados. De acordo com a polícia, quando o contrato envolvia artistas, eles ficavam com a menor parte. A Secult divulgava um valor de cachê para o artista em torno de R$ 1 mil. Mas a empresa, sem transparência para com o artista, recebia da Secult o pagamento em torno de R$ 8 mil. (Com informações/Assessoria)