Durante mutirão, prefeito disse que a instituição está devendo uma explicação a Goiânia

Obra do BRT em Goiânia | Foto: Fernando Leite / Jornal Opção

Durante mutirão na Região Sudoeste de Goiânia, o prefeito Iris Rezende (PMDB) voltou a culpar a Caixa Econômica Federal pela paralisação das obras do Bus Rapid Transit (BRT) Norte-Sul, na capital.

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“Nós estamos chamando à responsabilidade a Caixa. Ela está devendo uma explicação a Goiânia. Por que recebeu da nossa administração o dinheiro que faltava para a obra, autorizou e depois suspendeu? Eu disse ao próprio presidente nacional da Caixa Econômica Federal: Goiânia não está a merecer esse tratamento”, declarou em tom indignado.

O prefeito disse que pretende retomar a obra no início do ano que vem e acrescentou que não medirá esforços políticos e econômicos para tanto. Ele também responsabilizou a gestão anterior pelo impasse burocrático que resultou na paralisação.

“O motivo foi o não pagamento da contrapartida na gestão passada. Eu assumi a prefeitura com problemas financeiros e já no quinto mês,  com todo o sacrifício pagamos mais de R$ 6 milhões. Então foi recomeçado o trabalho e depois 15 dias suspenderam de novo como se isso fosse uma brincadeira!”, reclamou o prefeito.

As obras do BRT foram paralisadas em julho deste ano após suspensão do repasse de R$ 10 milhões por parte da Caixa ao consórcio formado pelas empresas EPC e WGV. Os recursos foram retidos após apontamentos da Controladoria Geral da União (CGU) e do Tribunal de Contas da União (TCU) de que itens e materiais estariam acima e outros abaixo do preço.

Idealizado para ligar as regiões norte e sul de Goiânia, as obras paralisadas, além de custar mais de R$ 1 milhão por mês aos cofres públicos agora servem também para acumular lixo e criar mosquito da dengue.