O candidato exprimiu tal pensamento em entrevista coletiva, levantando a hipótese de uma preferência da petista pelo tucano

caiado e iris
Foto: Divulgação

O candidato ao governo do Estado pelo PMDB, Iris Rezende, não poupou desta vez críticas nem a presidente da República, Dilma Rousseff (PT). Na concentração de uma carreata realizada nesta quinta-feira (24/7) nas cidades de Santa Bárbara, Claudinápolis, Nazário e Turvânia, o peemedebista sustentou que Dilma não ajuda o seu companheiro de partido. “A presidente encheu o Marconi com dinheiro, e deixou o Paulo Garcia sofrendo sozinho. Por que ela não deu um pouco de recurso para a prefeitura, mas colocou quase R$ 10 bilhões nos últimos meses para essa verdadeira farra que temos observado?”, questionou o líder peemedebista.

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As declarações vieram após questionamentos se os problemas sofridos pela administração de Paulo Garcia (empossado após a saída de Iris da prefeitura em 2010 para concorrer às eleições de governador) não atrapalhariam a imagem de Iris Rezende. “Todos sabemos que administração pública tem altos e baixos”, disse antes de se queixar da presidente.

O evento, realizado nas cidades do interior de Goiás, abriu a agenda da chapa de Iris com ações voltadas para o público em geral da campanha. “Tudo vem acontecendo em poucos dias de forma apressada. Há pouco tempo decidimos disputar e estamos visitando cidades, povoados, levando a nossa mensagem”, disse o peemedebista, pela quinta vez na disputa pelo governo de Goiás, não deixando ainda de criticar o governo de Goiás em sua fala: “Goiás está em um estado de calamidade na segurança, na saúde, na energia elétrica — em todas as áreas.”

Durante a entrevista, o candidato criticou também pesquisas publicadas em veículos de comunicação do Estado, dizendo que “pode passar a ser caso de polícia”. Após ser questionado sobre a pesquisa Fortiori encomendada pelo Jornal Opção, que mostrou o peemedebista à frente na capital, mas com uma queda de quatro pontos em relação a Marconi, Iris explicou que vê as pesquisas como questionáveis. O candidato sustentou que três pesquisas (citando a Verus e Fortiori, sem se lembrar da terceira) saíram ao mesmo tempo, com resultados muito discrepantes. “Qual está certa?”, questionou.

Iris Rezende disse ainda que irá acompanhar todas as pesquisas, e que não irá aceitar “como fizeram em 2010”. Segundo ele, na ocasião institutos de pesquisa foram utilizados de forma criminosa para enganar o povo. “Vamos procurar fazer pesquisas permanentemente; buscar institutos de fora, renomados. Política é coisa séria, uma vez que o que decide não é o destino de uma pessoa ou um partido, mas de um povo”, concluiu.