Irã se recusa a entregar caixas-pretas de avião ucraniano à fabricante de origem americana Boeing
08 janeiro 2020 às 14h04
COMPARTILHAR
País ainda não divulgou para onde mandará o registro de dados para análise
Na madrugada desta quarta-feira, 176 pessoas, entre passageiros e tripulantes, morreram na queda de um Boeing 737 da companhia aérea Ukraine International Airlines. O acidente foi logo após a decolagem do aeroporto de Teerã. O chefe da agência de aviação civil iraniana, Ali Abedzadeh, disse que não entregará as caixas-pretas do avião à fabricante de origem americana Boeing.
A queda aconteceu horas após o Irã ter lançado mísseis contra duas bases americanas no Iraque como resposta ao assassinato do general Qassim Suleimani. Não há informações sobre a relação entre a queda do avião e o conflito entre o Irã e Estados Unidos.
No primeiro momento, falhas mecânicas e possibilidades de terrorismo foram descartadas pela embaixada ucraniana no Irã. No entanto, horas depois o órgão disse que a tragédia está sob investigação e não mencionou problemas mecânicos.
A Boeing se solidarizou com os envolvidos pelo Twitter: “Estamos em contato com nossos clientes de companhias aéreas e os apoiamos neste momento difícil. Estamos prontos para ajudar de qualquer maneira necessária”.
De acordo com a Ukraine International, o avião que caiu era um dos melhores e o piloto um dos mais experientes. O Irã ainda não divulgou para qual país enviará as caixas-pretas para análise.