Irã nega ter derrubado avião ucraniano que deixou 176 mortos
09 janeiro 2020 às 18h06
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Nota do Teerã é resposta às suspeitas dos EUA, que apontam que possível sistema antimíssil teria abatido aeronave acidentalmente. Canadá reforça suspeitas
Após os agentes do setor de inteligência dos Estados Unidos apontar nesta quinta-feira, 9, que o sistema de defesa aérea do Irã teria derrubado o voo PS752 de maneira acidental, representantes do governo iraniano negam a versão e dizem não terem participação na tragédia, que resultou na morte de 176 pessoas de diversas nacionalidades.
Segundo os funcionários ouvidos pela agência Reuters, satélites americanos teriam detectado o lançamento de dois mísseis momentos antes da queda da aeronave em Teerã. Horas mais tarde o presidente Donald Trump confirmou a hipótese. “Alguém pode ter cometido um erro no outro lado, não no nosso sistema”, afirmou.
Reforçando as suspeitas americanas, o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, declarou mais tarde que de fato a queda do avião no Teerã teria sido causada por um míssil iraniano. Apesar disso, o primeiro-ministro também não apresentou provas concretas. “Dados demonstram que o avião foi abatido por um objeto lançado do solo. Isso mostra a necessidade de uma investigação completa sobre o caso”, disse.
Em resposta sobre as suspeitas, o Irã disse ser cientificamente impossível que o avião tenha sido atingido por um míssil.