Irã diz que deve atacar Israel após assassinato de líder do Hamas em Teerã

31 julho 2024 às 16h53

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O Irã informou que deve atacar Israel em resposta ao assassinato de Ismail Haniyeh, líder político do Hamas. Ismail foi morto em Teerã, capital do Irã, nesta quarta-feira, 31, após um atentado aéreo. Ele estava no país para participar da posse do novo presidente do Irã, Masoud Pezeshkian.
De acordo com a missão permanente da Organização das Nações Unidas (ONU) no Irã, a resposta tem como objetivo causar “profundo arrependimento” em Israel.
“A resposta a um assassinato será, de fato, operações especiais — mais difíceis e destinadas a incutir profundo arrependimento no perpetrador [Israel]”, ressaltou a missão diplomática.
Mais cedo, o governo iraniano prometeu vingança contra Israel, mas não citou ações que pretendem tomar. No início de julho, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, acusou o Irã de estar por trás de grupos rebeldes no Oriente Médio, como o Hamas, Hezbollah e os Houthis.
Um dos oficiais do Hamas, Khalil al-Hayya, afirmou que Ismail Haniyeh “deu sua vida pela religião e por seu país”. AlHayya também afirmou que Haniyeh foi atingido “diretamente” por um missel israelense e que a sua residência no Irã ficou completamente destruída.
Jornalistas mortos em Gaza
Dois funcionários da Al Jazeera, coglomerado de mídia com sede no Catar, foram mortos após um ataque aéreo israelense no norte de Gaza. O repórter Ismail Al-Ghoul e o cinegrafista Rami Al-Rifi, estavam relatando ao vivo a partir de um local próximo a casa da família do líder do Hamas quando foram atingidos pelo missel.
Al-Ghoul tinha 26 anos de idade e morava no enclave sitiado e foi morto no campo de refugiados Al Shati. Ambos os jornalistas faziam reportagens ao vivo durante grande parte do dia próximo a antiga casa de Heniyeh, que foi assassinado por Israel na capital do Irã.
Desde o início do conflito em Gaza, 165 jornalistas foram mortos por ataques de Israel em Gaza, incluindo quatro funcionários do Al Jazeera.