CPI será retomada em fevereiro e buscará auxílio da PF, do TSE e do Ministério Público para ter estratégia comum no combate às notícias falsas nas eleições de 2022

Fake news serão monitoradas em conjunto em 2022. |Foto: Jefferson Rudy /Agência Senado Fonte: Agência Câmara de Notícias

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News será retomada no próximo mês de fevereiro. Em ano eleitoral, o objetivo principal da investigação será traçar estratégia comum para combater a disseminação de notícias falsas no pleito de 2022. Para isso, os senadores e deputados esperam contar com auxílio de órgãos como Polícia Federal (PF), Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e Ministério Público (MP).

A informação foi dada pelo presidente da CPMI, senador Angelo Coronel (PSD-BA), em entrevista para TV Senado. “Queremos ser um escoadouro das denúncias e meu objetivo é compartilhar essas denúncias com a Polícia Federal, o TSE, o Ministério Público e as polícias estaduais”, explicou o parlamentar.

Tramitação da CPMI

A CPMI das Fake News é realizada tanto na Câmara quanto no Senado. Apesar da atenção recebida após sua abertura, em 2019, teve de ser suspensa no ano seguinte por conta da pandemia. Após os recessos de final de ano, a CPMI pretende investigar páginas removidas pelo Facebook (Meta).

Segundo o senador Angelo Coronel, em 2020, cerca de 73 páginas foram excluídas da rede social por violarem as diretrizes da comunidade. As publicações foram acusadas de uso de contas falsas, envio de mensagens em massa e adoção de ferramentas artificiais para ampliar a presença online. Na época, o senador Flávio Bolsonaro chamou os cancelamentos de censura  e injustiça contra apoiadores do presidente.

O Coronel ressaltou que a CPI pretende analisar o conteúdo dessas páginas a fim de averiguar se elas eram ligadas a representantes do governo e ao gabinete do ódio.