“Interferência inadmissível”, diz general Heleno sobre pedido de apreensão do celular de Bolsonaro
22 maio 2020 às 16h52

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Enquanto ministro bolsonarista se ofende com pedido da Justiça para investigar celular de Bolsonaro, presidente da OAB, Felipe Santa Cruz acusa general de “anacronismo” e o manda “sair de 64”, em referência ao ano do Golpe Militar

Após pedido encaminhado por ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF) ao procurador-geral da República, Augusto Aras, de apreensão do celular de Bolsonaro, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno respondeu com nota dizendo que seria uma “interferência inadmissível”.
Para ele, a apreensão do celular de Bolsonaro seria uma “afronta à autoridade máxima do Poder Executivo e interferência inadmissível de outro Poder” e que “poderá ter consequências imprevisíveis”.
Após o posicionamento do ministro, o presidente da Ordem dos Advogados Brasil, Felipe Santa Cruz, usou suas redes sociais para responder Heleno. “General Heleno, as instituições democráticas rechaçam o anacronismo de sua nota. Saia de 64 e tente contribuir com 2020, se puder. Se não puder, #ficaemcasa”, publicou em sua conta no Twitter.
No pedido de apreensão do celular do presidente, enviado por Celso de Melo à PGR, os autores são deputados do PSB, PDT e PV, que também pedem que seja apreendido o celular de Carlos Bolsonaro e da deputada Carla Zambelli (PSL). O PT também entrou com representação com pedido de apreensão do celular do ex-ministro Sergio Moro.