Mesmo sem a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária para testar a vacina em humanos, o Instituto já começou a produzir o novo imunizante

Butanvac | Foto: Governo do Estado de S. Paulo

Em seminário promovido pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP), Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, afirmou que a ButanVac tem potencial para ser uma vacina um tanto quanto superior aos outros imunizantes que já estão sendo aplicados em todo o mundo. Segundo ele, isso se deve ao fato de que a vacina em questão pode induzir melhor o corpo a apresentar uma resposta ao vírus. 

“Nós incorporamos os conhecimentos da primeira geração de vacinas.”, afirma o diretor ao tentar evidenciar o porquê do novo imunizante ter potencial para ser melhor. O Butantan ainda não obteve uma resposta da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), quanto aos testes em humanos. No entanto, o imunizante já começou a ser produzido, configurando o que é chamado de “produção em risco”, segundo Dimas. 

A ButanVac também deverá ser mais barata do que os outros imunizantes disponíveis, o que possibilitará uma maior facilidade para os países pobres ou de renda média para a obtenção da vacina. Ela está sendo desenvolvida por um consórcio internacional, sem a detenção de patente, o que significa que ela estará aberta para ser replicada.