Instauração e revogação de CPI causam desconfortos na Assembleia Legislativa de Goiás

09 junho 2022 às 17h20

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Líder do governo, deputado Bruno Peixoto, alegou que houve atropelos ao regimento interno da Casa
Líder do governo de Ronaldo Caiado (UB) na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), deputado Bruno Peixoto (UB), criticou a maneira de como a oposição conseguiu que o presidente da Casa, Lissauer Vieira (PSD), instaurasse por decreto, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar supostas irregularidades na Saúde.
Nos bastidores houve conversas até que o diretor parlamentar, Rubens Sardinha, que tradicionalmente auxilia nos trabalhos da Mesa Diretora, teria juntado o decreto com outros documentos para ser assinado pelo presidente Lissauer, a mando do ex-governador Marconi Perillo (PSDB). Ao jornal Opção, o servidor negou que isso tenha ocorrido. No entanto, Lissauer disse que perdeu a confiança nos trabalhos dele e que agora em diante todos os atos deverão ser revisados pelo secretário-geral da presidência, Luiz Carlos de Moraes.
Peixoto argumentou que a comissão foi instalada sem consulta às principais bancadas da Alego, formadas pelos partidos que possuem mais deputados, dentre os quais o União Brasil e o MDB. Ele aponta que houve muitas irregularidades. “Foi apresentado a nós as assinaturas e continuo levantando suspeição de dúvidas. Não abro mão, até mesmo porque, eu não vi o original, me apresentaram uma cópia e eu não sei se foi assinada eletronicamente ou não. E pelo que consta no nosso regimento, não houve a permissão para a assinatura eletrônica para CPI ou apresentação”, esclareceu, citando o artigo 48 e parágrafo 7 do regimento.
Segundo o deputado, se as assinaturas forem comprovadas as bancadas irão apresentar os nomes para compor a comissão “sem nenhum problema. A assessoria de Lissauer informou que o presidente revogou apenas os nomes e deu prazo para uma nova composição que atenda aos critérios do regimento.