Em encontro com o Ministro Sérgio Moro e representantes da PF, o presidente foi informado que não há indícios de participação de terceiros no ataque. Esse é o segundo inquérito sobre o caso

Foto: Divulgação

Duas semanas após o presidente Jair Bolsonaro (PSL) cobrar a Polícia Federal esclarecimentos sobre o atentado que sofreu em setembro do ano passado, o delegado responsável pelo caso, Rodrigo Morais e o Ministro Sérgio Moro se encontraram com o presidente para dar atualizações sobre a investigação. No encontro da segunda-feira, 25, foi informado ao presidente que não há, até o momento, evidências de participação de terceiros no ataque.

O inquérito policial que mira Adélio Bispo de Oliveira, que admitiu o crime, ainda não foi concluído. As investigações podem durar até abril para ser finalizado. Até agora as investigações apontam que Adelio teria agido sozinho, motivado por ódio a Bolsonaro. Meses antes do atentado o acusado publicou mensagens de ódio contra Jair em suas redes sociais.

A investigação em andamento já é a segunda sobre o caso. A PF apresentou o primeiro inquérito 22 dias após o ataque, no qual concluiu que Adélio atuou sozinho no dia do crime, motivado pelo “inconformismo político”.

Para chegar à conclusão da atuação isolada, 50 policiais da PF analisaram 150 horas de vídeos, 600 documentos e 1.200 fotos. Além disso, foram analisados 2 terabytes de informações encontradas com Bispo e de quebras de sigilo telefônico, bancários e telemático.

No segundo inquérito, a PF investiga dados telefônicos e contatos mantidos por Adélio nos últimos cinco anos. Além disso, são analisadas 6 mil mensagens trocadas via aplicativo e dados coletados em seis e-mails utilizados pelo autor do crime. No fim de janeiro, o MPF autorizou a prorrogação das investigações por 90 dias, o que significa que a polícia tem até abril para concluir o segundo inquérito.