O Estado liberou R$ 3 milhões para ajudar na reforma do Estádio Antônio Accioly. Com a reforma, o Dragão pretendia jogar o Campeonato Brasileiro da Série B em seu próprio reduto

Reforma do estádio| Foto: Fernando Vasconcelos
Reforma do Estádio Antônio Accioly| Foto: Fernando Vasconcelos

A promotora titular da 78ª Promotoria Justiça, Villis Marra Gomes, abriu inquérito civil público para apurar supostas irregularidades no repasse de verbas do Estado de Goiás para o Atlético Clube Goianiense. O valor seria na ordem de R$ 3 milhões, e foi intermediado pelo Serviço Integrado de Atendimento ao Cidadão (Vapt-Vupt) regido pela Secretaria de Gestão e Planejamento do Estado (Segplan).

Preliminarmente, o Ministério Público de Goiás (MPGO) requisitou junto à Segplan informações sobre o assunto, tomando conhecimento que uma lei estadual, a de n° 18.362/13, sancionada em setembro de 2001 por Marconi Perillo, autorizaria o auxílio financeiro.

Agora, para continuar as investigações, o MPGO solicitou à presidência do time a cópia de seu estatuto social, como também do eventual convênio firmado com a Segplan e a prestação de contas dos R$ 3 milhões recebidos do Estado.

Entenda o caso
Parlamentar Goiano diz que o importante renegociação dos débitos é parcelamento dos débitos, que chegam a 300 meses. Foto: Jornal Opção
O MP solicitou ao presidente do time, Valdivino José de Oliveira, a prestação de contas do valor milionário recebido do Governo de Goiás|Foto: Jornal Opção

Em dezembro do ano passado um projeto de lei foi enviado à Assembleia Legislativa com a assinatura do governador Marconi Perillo que permitia o repasse da verba para a reforma do Estádio Antônio Accioly, reduto do Dragão. Em contrapartida o time cederia uma área de oito mil metros quadrados, por 30 anos, para a construção de uma unidade  do Vapt-Vupt, em Campinas. No dia 17 de dezembro a Assembleia aprovou, em segunda sessão, o convênio.

Na época o time informou que a reforma do estádio ficaria no valor R$ 4 milhões. O presidente do Atlético, Valdivino José de Oliveira, explicou que R$ 3 milhões viriam do convênio com o Estado de Goiás, R$ 600 mil de um patrocinador e R$400 mil seriam bancados pelo rubro-negro, por meio de vendas de placas e camarotes no próprio Accioly.

Em março deste ano as obras foram paralisadas. De acordo com Valdivino José de Oliveira, o time passou por uma crise financeira – devia salários aos jogadores. Com a reforma, o Atlético pretendia jogar o Campeonato Brasileiro da Série B no Estádio Antônio Accioly. A reportagem tentou contato com a assessoria do time, porém as ligações não foram atendidas até a publicação da matéria.