Os comentários foram postados em um grupo de amigos próximos com aproximadamente 18 participantes. No entanto, os vídeos foram vazados. 

A maquiadora e influenciadora digital Larissa Rosa publicou vídeos nas redes sociais debochando de vagas exclusivas para autistas em um shopping de Goiânia. Os comentários foram postados em um grupo de amigos próximos com aproximadamente 18 participantes. No entanto, os vídeos foram vazados. 

“Gente, olha isso aqui. Agora tem vaga exclusiva para autista. Cara, o mundo está muito difícil. Quero saber quando vai ter vaga para gordo estressado”, disse a maquiadora.

A jovem chegou a ser repreendida por sua mãe, Vânia Rosa, que estava ao lado dela, dentro do carro, durante a gravação. No entanto, Larissa Rosa continuou com os comentários: “Não tenho nenhum problema com autista. A vaga é tão colorida que achei que era para viado. Vaga para mim nunca tem”, declarou.

O delegado Joaquim Adorno, responsável pelo caso, informou que o Grupo Especializado no Atendimento às vítimas de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Geacri) vai analisar o vídeo da influenciadora. O crime de discriminação tem pena de 2 a 5 anos de prisão.

Em nota, a influenciadora pediu desculpas e destacou que o comentário foi direcionado a 18 amigos – posteriormente ela reforçou que o número de espectadores não justifica os comentários.

Leia na íntegra

Decidi vir, através dessa nota, pedir as mais sinceras desculpas pelos acontecimentos que estão repercutindo nas últimas horas. Me desesperei inicialmente com a repercussão da situação e com um bombardeio de mensagens revoltadas (com razão).

Agora, entendo que a forma que me senti com esse turbilhão ainda não chega perto do que muitas mães e outros grupos sentiram ao ouvir as palavras infelizes que pronunciei.

Refleti sobre toda a situação e quero me desculpar também por dizer se que tratou de uma brincadeira, feita exclusivamente em um grupo de melhores amigos com 18 pessoas. Isso também não justifica.

Minhas palavras não podem ser vistas como brincadeira e não deveriam ter sido ditas nem para mim mesma, imagine para um grupo de 18 pessoas. Acreditem, elas não me representam em nada.

Agradeço também às pessoas que, apesar de reprovarem a conduta e não terem nenhuma obrigação de me ensinarem nada, ainda tiraram um minuto do tempo delas para me enviar informações e materiais que me mostraram realidades diferentes das que eu já conheci.

Espero que essa infeliz situação um dia possa ser perdoada por quem se sentiu ofendido. Garanto também que, da minha parte, nunca mais vai se repetir.