Indústrias goianas de arroz levam desvantagem no frete, diz representante de produtores
25 novembro 2019 às 18h53

COMPARTILHAR
Segundo presidente do Sindicato das Indústrias de Arroz do Estado de Goiás, além dos custos de aquisição e industrialização do produto, tem que pagar pelo transporte

O presidente do Sindicato das Indústrias de Arroz do Estado de Goiás, Jerry Alexandre de Oliveira Paula, disse nesta segunda-feira, 25, durante depoimento na CPI dos Incentivos Fiscais na Assembleia Legislativa, que que Goiás produz apenas 5% do arroz que consome e traz o restante de outros estados, principalmente Rio Grande do Sul.
Jerry Alexandre afirma que isso deixa as indústrias goianas em desvantagem competitiva, pois, além dos custos de aquisição e industrialização do produto, tem que pagar pelo frete. A situação mais favorável para produtores de outros estados, que já trazem o produto beneficiado, cujo peso é 40% menor. “Para beneficiar 30 toneladas, temos que trazer 50 toneladas”.
A margem de lucro do arroz e feijão é muito pequena, o que deixa com que Goiás não seja competitivo. “O arroz vem com casca, que não pode ser jogada no meio ambiente. Farelo é vendido, assim como quirela, mas não pagam o frete. Temos também o problema do grão quebrado. Hoje em dia todos vão ao supermercado comprar o arroz tipo 1. O decreto do Governo vai beneficiar empresas instaladas Rio Grande do Sul e Mato Grosso. As indústrias goianas vão fechar portas em dois três meses”, enfatizou.