Países como Arábia Saudita, Argélia, Bahrein e Catar fazem parte do segundo maior e mais lucrativo mercado de parcerias internacionais. Com economias puxadas pelo setor petroleiro e construção civil, os países árabes importaram mais de R$ 707 milhões em produtos goianos no período de janeiro a dezembro do ano passado.

O titular da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Serviços (SIC), Joel de Sant’Anna Braga Filho participou do Road Show Halal do Brasil, etapa de Goiás, ao lado do superintendente de Comércio Exterior e Atração de Investimentos Internacionais da SIC. O evento, realizado nesta quarta-feira, 3, na Casa da Indústria, foi organizado pela Câmara de Comércio Árabe-Brasileira (CCAB) e ApexBrasil, em parceria com outras entidades, incluindo a SIC.

O objetivo do encontro foi divulgar as oportunidades do mercado global Halal e apresentar o projeto Halal do Brasil a empreendedores locais, visando fomentar o comércio exterior com o mercado árabe. Produtos exportados devem conter o selo Halal, certificando que a produção seguiu as normas culturais e religiosas islâmicas.

Exportação

Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços mostram que, em milhões de dólares, as exportações para a Arábia Saudita foram de US$ 3.205,27, seguida pelos Emirados Árabes Unidos (US$ 3.164,83), Argélia (US$ 2.368,21), Egito (US$ 2.319,70), Iraque (US$ 1.278,33), Marrocos (US$ 1.238,13), Omã (US$ 1.191,45), Bahrein (US$ 1.171,06), Iêmen (US$ 608,43) e Líbia (US$ 450,86). Outros países somaram US$ 2.345,76.

Os principais produtos exportados incluem açúcar (25%), carne de frango (17%), minério de ferro (14%), milho (9%), soja (7%), carne bovina (6%), petróleo refinado (2%), resíduos do óleo de soja (2%), café (2%), pasta química de madeira (1%) e outros produtos (15%).

Nas importações, a Arábia Saudita liderou com US$ 3.531,11 milhões de dólares, seguida por Argélia (US$ 1.824,74), Marrocos (US$ 1.411,77), Emirados Árabes Unidos (US$ 1.200,49), Catar (US$ 698,49), Omã (US$ 679,69), Egito (US$ 488,97), Kuwait (US$ 403,40), Bahrein (US$ 215,03), Jordânia (US$ 128,58) e outros países (US$ 82,47).

Os principais produtos importados desses países foram petróleo e gás de petróleo (54,62%), fertilizantes (33,65%), plásticos (2,56%), enxofre e outros (1,98%), químicos inorgânicos (1,18%), químicos orgânicos (0,91%), alumínio (0,86%), maquinário (0,59%), aparelhos elétricos (0,50%), vestuário e acessórios (0,36%) e outros produtos (2,78%).

Países Árabes

Atualmente a população islâmica no mundo situa-se em torno de 1,6 bilhão de habitantes, correspondentes a cerca de 22% da população mundial. De acordo estudos realizados pelo Pew Research Center estima-se que será a religião com maior crescimento nas próximas quatro décadas, devendo atingir cerca 2,8 bilhões fiéis em 2050 e cerca 30% da população mundial.

É importante ressaltar, também, que um percentual considerável da população dos países da União Europeia atualmente é composto por muçulmanos como, por exemplo, 5,8% da população da Alemanha, 7,5% da população da França, 4,8% da população do Reino Unido.

Ao contrário de que muitos pensam, a maior parte da população islâmica do mundo não está situada no Oriente Médio. Atualmente, o maior país islâmico do mundo é a Indonésia com cerca de 250 milhões de habitantes, dos quais cerca de 90% são muçulmanos. Após a Indonésia os maiores países islâmicos são Bangladesh, Paquistão, Turquia e Irã e Egito. Entre os países citados o único que é um país árabe é o Egito.

Os países que integram a Liga dos Estados Árabes são 22 países, situados predominantemente no Oriente Médio e Norte da África, com uma população total que supera 380 milhões de habitantes, em sua maioria, muçulmanos. Neste caso é importante ressaltar, também, que a maior parte do que é consumido na região é comprado de outros países.

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