Independente do Sintego, professores planejam paralisar se não receberem dezembro
09 janeiro 2019 às 12h11

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Líder do sindicato já havia dito que categoria não via greve como opção no momento

O professor de História Thiago Oliveira, lotado no Estado, disse ao Jornal Opção que educadores ligados à Mobilização de Professores de Goiás (MPG) têm se organizado para paralisar atividades caso não recebam os salários de dezembro.
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A presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Estado de Goiás (Sintego), Bia Lima, já havia dito que a categoria não tinha essa intenção, porque esperaria o posicionamento do governo em reunião marcada para o dia 17 deste mês.
No entanto, membros do MPG dizem não se sentir representados pela associação e pretendem ter uma postura mais combativa. Thiago conta que, de maneira independente, os professores têm se articulado para mobilização.
“Sem nenhuma estrutura burocrática, estamos correndo atrás de Promotores do Ministério Público de Goiás. Procuramos a promotora Maria Bernadete, e a secretária dela nos mandou procurar o promotor Bruno Barra, então, estamos indo atrás das pessoas”, contou.
Segundo ele, não há condições de os professores voltarem a trabalhar caso não recebam. “Na educação, principalmente a pública, é difícil encontrar um profissional sem algum problema de saúde, da merendeira ao diretor. Como voltar? Não tem dinheiro para o transporte, alimentação e remédios”, detalha.
O professor ainda disse que é à favor de corte de gastos, mas que não prejudique o trabalhador. “Já colocamos essa questão para a secretária da Fazenda, e existe na burocracia Estatal muitos gastos inúteis”, disse.
Puxados pelo MPG os servidores da Educação realizam manifestação nesta sexta-feira, 11, às 9h, em frente à Secretaria de Educação, Cultura e Esporte (Seduce).
O governador Ronaldo Caiado (DEM) já disse que o salário de dezembro dos servidores estaduais pode ser parcelado, porque o valor não foi empenhado pela gestão anterior. Mas trabalhadores rejeitam a proposta.