A Floresta Nacional de Brasília (Flona) tem incêndios em sua área de preservação ambiental pelo terceiro dia consecutivo. O mais recente foco foi identificado na manhã desta quinta-feira, 11, por volta das 6h, em frente à Colônia Agrícola 26 de Setembro. As chamas foram controladas apenas no fim da manhã, por volta das 11h30, após atuação do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF).

Na terça-feira, 9, o fogo devastou 220 hectares, o que corresponde a 5,86% da unidade de conservação. As chamas começaram pouco depois do meio-dia e chegaram perigosamente próximas a um viveiro do Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetas), obrigando a remoção de animais para evitar maiores riscos.

Para conter o incêndio, cerca de 160 profissionais foram mobilizados, incluindo brigadistas, servidores da unidade e bombeiros militares. A operação contou também com o auxílio de um helicóptero e de um avião Nimbus. A ocorrência acabou se tornando o terceiro maior registro de área queimada no Distrito Federal em 2025.

Além disso, outro foco ocorreu na quarta-feira, 10, novamente nas proximidades da Colônia Agrícola 26 de Setembro. Apesar disso, teve menor intensidade e foi rapidamente controlado pela equipe de combate em campo. A assessoria da Flona reforçou que cada um dos incêndios atingiu áreas diferentes da unidade de conservação e, por esse motivo, não podem ser classificados como de grande proporção.

“Nós costumamos falar incêndios de grande proporções quando um mesmo evento atinge mais de 20%/25% da unidade. No caso da Flona, um incêndio de mais ou menos mil hectares queimados, seria considerado como um de grande proporção”, esclareceu a assessoria em nota.

Em virtude da sequência de ocorrências, a administração da unidade decidiu manter a Floresta Nacional de Brasília fechada à visitação pública. A medida permanece em vigor até que seja realizada uma nova avaliação das condições de segurança. O objetivo, segundo o ICMBio, é evitar riscos aos visitantes e permitir que o monitoramento das áreas afetadas seja conduzido de forma adequada.

Apesar da repetição dos episódios nesta semana, os incêndios ainda não alcançaram o impacto registrado em setembro de 2024. Naquele período, estima-se que 45,8% da área da Flona tenha sido destruída pelas chamas, configurando um dos maiores desastres ambientais já ocorridos na unidade.

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