Implanon chega ao SUS e amplia acesso a método contraceptivo de longa duração

22 setembro 2025 às 10h11

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O Ministério da Saúde anunciou que o Sistema Único de Saúde (SUS) passará a oferecer o implante contraceptivo Implanon, considerado um dos métodos mais eficazes e de longa duração para prevenir a gravidez indesejada. O dispositivo tem validade de até três anos e alta taxa de eficácia.
Na última sexta-feira, 19, a pasta recebeu mais de 100 mil unidades do implante e 100 kits de treinamento destinados a profissionais de saúde que farão a inserção do dispositivo. As capacitações serão realizadas entre outubro e dezembro de 2025, em todos os estados e no Distrito Federal, por meio das Oficinas de Qualificação para a Implementação do Implante Subdérmico.
“Essa é uma revolução que garante acesso gratuito a um método que, no setor privado, tem custo elevado. Além de prevenir a gravidez, o implante vai contribuir para reduzir a mortalidade materna no país. Conseguimos garantir esta compra que já vai atender a 100 mil mulheres”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em comunicado.
O Implanon, produzido pela empresa Organon, é o único implante hormonal com registro sanitário na Anvisa. Trata-se de um pequeno bastão de plástico semirrígido com 68 mg de etonogestrel, hormônio liberado gradualmente na corrente sanguínea. Ele impede a liberação do óvulo e altera a secreção do colo do útero, dificultando a entrada de espermatozoides.
Após três anos, o implante deve ser retirado. Caso haja interesse, a mulher poderá inserir um novo imediatamente pelo SUS. Segundo a pasta, a fertilidade retorna rapidamente após a remoção.
Atualmente, entre os métodos de longa duração, apenas o DIU de cobre é oferecido no SUS. Além dele, o sistema público também disponibiliza preservativos, pílulas anticoncepcionais, injetáveis hormonais, laqueadura tubária e vasectomia.
Sobre o método
O implante subdérmico pode atuar no organismo por até três anos, sem necessidade de intervenções durante esse período. Após esse tempo, o implante deve ser retirado e, se houver interesse, um novo pode ser inserido imediatamente pelo próprio SUS. A fertilidade retorna rapidamente após a remoção.
Entre os contraceptivos atualmente oferecidos no SUS, apenas o DIU de cobre é classificado como LARC — sigla em inglês para contraceptivos reversíveis de longa duração. Esses métodos são considerados altamente eficazes no planejamento reprodutivo por não dependerem do uso diário ou contínuo como ocorre com os anticoncepcionais orais ou injetáveis. Os LARC são reversíveis e seguros.
Além do Implanon, o SUS também disponibiliza outros métodos contraceptivos: preservativos externo e interno; DIU de cobre; anticoncepcional oral combinado; pílula oral de progestagênio; injetáveis hormonais mensal e trimestral; laqueadura tubária bilateral e vasectomia. Entre esses, apenas os preservativos oferecem proteção contra Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).
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