ICMBio diz que não usou retardante de fogo na Área de Proteção Ambiental de Pouso Alto
21 outubro 2020 às 07h20

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Após repercussão sobre possível uso de produto tóxico na região, Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) solicitou esclarecimentos do Instituto
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), informou ao Governo de Goiás e à Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), que não fez uso do retardante de fogo na região da Área de Proteção Ambiental (APA) do Pouso Alto, no município de Alto Paraíso.
O produto teria sido empregado nas queimadas que devastaram áreas dos dois parques no final do mês de setembro.
O documento direcionado ao chefe do parque, Luís Henrique Mota de Freitas Neves, incluiu dados técnicos da Unidade de Conservação (UC) goiana e informações que circularam na internet, dando conta de que o produto produz efeitos de impacto ambiental.
A Semad questionou se o produto foi lançado somente em áreas do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (PNCV) ou também no interior da APA de Pouso Alto. Caso a resposta fosse positiva, em que localização, qual a sua composição e possíveis impactos sobre a água, o solo, a fauna e flora da região.
Repercussão
Conforme informações de veículos de comunicação de Goiás, existe um parecer publicado em 2018 pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que chama a atenção para o consumo de água e alimentos retirados do solo por um período de 40 dias após a aplicação do produto referido.
Mesmo que tenha sido classificado como pouco tóxico e pouco persistente, técnicos do Ibama solicitaram a suspensão da compra.
A Semad esclareceu que, por meio de nota, que não há registro de regulamentação do produto químico no Estado. E reforçou que, caso fosse comprovada a sua utilização em área pertencente à APA de Pouso Alto, que o seu emprego não teria sido consultado junto às autoridades goianas.