Há algum tempo que a ciência vem estudando os efeitos “curativos” da música e ondas sonoras em pacientes idosos.

Recentemente, cientistas comprovaram que a música proporciona recuperação das funções cognitivas em pacientes com mais de 70 anos.

Notas musicais deixaram de ser apenas sedativos para as emoções e estão se tornando “medicamentos” poderosos — a ponto de influenciarem ou prevenirem o envelhecimento normal ou patológico de seres humanos.

Pesquisas já confirmaram que a música é uma ferramenta capaz de estimular as atividades cerebrais em amplo aspecto — permitindo reestabelecer o bem estar-emocional e a reintegração social de idosos.

Todos nós temos uma música favorita que nos ajuda a relaxar após um dia exaustivo ou que nos faça até dançar — seja em casa ou num clube.

Portal das boas e das más memórias

A música é também um poderoso portal que traz memórias boas ou ruins.

O que acontece com o nosso cérebro quando escutamos uma música que tenha algum significado emocional? Será que a música tem realmente o poder de não só nos fazer sentir bem, como também melhora a nossa saúde?

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Ouvir música: mais saúde para o cérebro | Foto: Reprodução

É preciso muitas pesquisas científicas para comprovar os efeitos que cada nota musical pode provocar em cada um de nós. Mas algumas já começam a dar resultados impressionantes, como o estudo que foi publicado, recentemente, por uma parceria entre a Universidade de Londres e o Instituto Nacional de Envelhecimento dos Estados Unidos.

De acordo com os cientistas das duas instituições, ouvir “house music” diariamente — na faixa de 120 a 130 bpm — pode desacelerar o envelhecimento em até seis anos.

As pesquisas revelaram que ouvir música, especialmente ritmos repetitivos e envolventes como house music, pode retardar o envelhecimento e torná-lo mais saudável.

O estudo indica que ouvir este tipo de música regularmente reduz o cortisol (hormônio do estresse), o que cria um ambiente biológico mais favorável à longevidade.

E não é só isso. Os apaixonados pela “house music” precisam saber que os cientistas concluíram que ouvir este tipo de música melhora a HRV, um dos marcadores mais importantes da saúde vascular, regulação emocional e longevidade.

Os padrões rítmicos da house music também influenciam áreas do cérebro relacionadas à atenção, memória e cognição.

Além de estimular a neuroplasticidade — ajudando o cérebro a se manter jovem.

Independentemente se são seis anos ou apenas um ano, há evidências reais de que a música tem capacidade regenerativa, seja house, clássica ou sertaneja. O ritmo proporciona prazer e redução do estresse, tem impacto positivo no cérebro, no coração. Sabe-se lá mais onde. A música regenera e, claro, encanta.