Hospitais particulares em Goiás também alertam para risco de desabastecimento
26 maio 2018 às 19h02
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21 hospitais e centros comerciais do segmento hospitalar da Ahpaceg já detectam uma queda dos estoques e uma iminente falta de insumos
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Depois que o governo e a Secretaria da Saúde do Estado (SES) anunciaram que a greve dos caminhoneiros já tem provocado ausência de insumos hospitalares nas unidades de saúde em todo o Estado e a suspensão de cirurgias eletivas por ausência de material, outro órgão se manifestou.
A Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) pediu neste sábado (26/5) às lideranças do movimento grevista dos caminheiros do Brasil que cargas de gases medicinais (como oxigênio), medicamentos e outros insumos essenciais sejam liberados do embargo estabelecido.
Apesar de garantir que reconhecem o direito de greve, a associação pediu por atenção ao direito à saúde e à vida dos pacientes.
De acordo com a Ahpaceg faz os 21 hospitais associados em Anápolis, Aparecida de Goiânia, Catalão, Goiânia e Rio Verde e parceiros comerciais no segmento hospitalar, já foram detectada queda dos estoques e uma falta de insumos nas instituições de saúde.
País
Hospitais particulares do restante do país também alertaram para o risco de fechamento, a partir de segunda-feira (28/5), de prontos-socorros que atendem urgências e emergências.
“A partir do início da próxima semana, os hospitais não conseguirão mais garantir o acesso e a continuidade do cuidado dos pacientes que necessitarem de tratamento, se nenhuma medida imediata for adotada. Prontos-socorros correm o risco de fecharem as portas”, diz nota divulgada pela Associação Nacional dos Hospitais Privados (Anahp), que representa 107 unidades hospitalares espalhadas pelo país.
A entidade apela para que o governo e os grevistas “entendam a gravidade do problema” e tomem providências imediatas para “evitar a indisponibilidade de medicamentos, materiais, insumos e serviços necessários para o atendimento aos pacientes”.
Caminhoneiros
Apesar de não terem um representante que responda por toda a categoria, visto que grande parte dos grevistas são autônomos, vídeos que circulam pela internet mostram que os manifestantes estão, sim, deixando cargas que contém insumos hospitalares ultrapassarem os bloqueios.