Homem é condenado a 48 anos de prisão por estuprar e matar adolescente Amélia Vitória, em Aparecida de Goiânia
08 outubro 2025 às 08h29

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O pedreiro Janildo Silva Magalhães foi condenado a 48 anos e 6 meses de prisão em julgamento realizado nesta terça-feira, 7, pelo estupro e assassinato da estudante Amélia Vitória Oliveira de Jesus, de 14 anos, em Aparecida de Goiânia. O júri reconheceu a prática de quatro crimes: homicídio qualificado, estupro qualificado, sequestro qualificado e ocultação de cadáver.
De acordo com a sentença, Janildo deverá cumprir a pena em regime fechado e não poderá recorrer em liberdade. O juiz também determinou o pagamento de 10 dias-multa, fixados em um trinta avos do salário mínimo vigente à época do crime.
O Jornal Opção tentou contato com a defesa de Janildo Silva Magalhães, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
Crime cometido com crueldade
Na decisão, a Justiça destacou que o crime foi praticado com extrema violência e crueldade, impossibilitando qualquer chance de defesa da vítima. O magistrado também considerou que o réu tentou dificultar as investigações, provocando sofrimento à família ao ocultar o corpo da adolescente, encontrado dias depois do desaparecimento.
Como ocorreu o crime
O caso aconteceu em 30 de novembro de 2023. Amélia Vitória desapareceu após sair de casa para buscar a irmã na escola. Segundo as investigações da Polícia Civil, ela foi sequestrada, estuprada em dois locais diferentes e assassinada por asfixia.
Câmeras de segurança registraram o momento em que o acusado levava a menina em uma bicicleta pelas ruas do bairro. A perícia apontou que Janildo estuprou a vítima primeiro na Rua Amarai, no Parque Itatiaia, e depois a levou até a Rua Abel Chaveiro, no Setor Parque Haiala, onde cometeu o segundo abuso e o homicídio.
O corpo foi encontrado escondido dentro de uma casa abandonada, usada por Janildo para guardar drogas e objetos roubados.
Identificação e prisão
O DNA de Janildo, que já estava cadastrado no Banco Nacional de Perfis Genéticos por outro crime de estupro, foi decisivo para confirmar sua autoria. Após o assassinato, ele tentou pintar a bicicleta usada no crime e destruir a roupa que vestia no dia.
Familiares do acusado relataram à polícia que ele apresentou comportamento alterado após o crime e demonstrava nervosismo sempre que o caso era noticiado. Segundo o delegado Eduardo Rodovalho, responsável pela investigação, a pressão familiar e a comoção pública levaram Janildo a deixar o corpo em local visível, para que fosse encontrado.
“Ele saiu de casa com comportamento estranho e, no dia seguinte, já demonstrava nervosismo. Quando via reportagens sobre a menina, ficava transtornado”, afirmou o delegado.
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