Funcionários do Hospital das Clinicas pretendem entrar em greve dia 26
21 maio 2014 às 13h39
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A categoria reivindica acordo firmado em 2012
Os servidores técnico-administrativos do Hospital das Clínicas (HC) pretendem parar as atividades a partir da próxima segunda-feira (26/5). A decisão de adesão foi tomada na última assembleia geral, realizada sexta-feira passada (16) no pátio do HC. Nova assembleia geral está prevista para esta sexta, dia 23. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior do Estado de Goiás (Sint-Ifes-Go), cerca de 1.083 dos 1.600 funcionários vão aderir à paralisação.
A mobilização dos servidores do hospital pretende intensificar o movimento para pressionar o governo federal a atender às reivindicações dos técnico-administrativos da Universidade Federal de Goiás (UFG) e do Campus do Instituto Federal de Goiás (IFG), em greve desde 17 de março.
Os funcionários do HC reivindicam a regulamentação dos acordos firmados na última greve que aconteceu em 2012, como a antecipação da parcela financeira de 5% prevista para 2015, ascensão funcional, além da abertura para negociação salarial e melhores condições de trabalho.
Na próxima assembleia geral dos servidores, segundo o coordenador de Saúde do Trabalho do Sint-Ifes-Go, João Pires Junior, poderá se chegar a uma nova solução. “Mas a princípio, a partir da próxima segunda, só o pronto-socorro do hospital vai funcionar”, reforça. Neste caso, apenas os pacientes de urgência e emergência serão atendidos. Os serviços de ambulatórios, exames e consultas ficarão suspensos.
Nesta terça-feira (21) pela manhã o comando de greve do Sint-Ifes-Go esteve na Câmara Municipal de Goiânia, quando os representantes do sindicato tiveram alguns minutos para esclarecer as pautas da greve. As faixas da categoria diziam “Negocia Dilma” e “Se não negociar, o HC vai fechar”. No discurso o representante do Sindicato afirmou que fechar o hospital é a forma de demonstrar a seriedade no movimento.
Na Câmara, o sindicato conseguiu as assinaturas necessárias dos vereadores para que ofícios sejam enviados ao Ministro Chefe da Casa Civil, Aloízio Mercadante, à Ministra de Planejamento, Orçamento e Gestão, Míriam Belchior e ao Ministro da Educação, José Paim, solicitando a abertura das negociações e o atendimento das pautas dos trabalhadores.