Em busca de apaziguar os ânimos na Câmara de Vereadores de Goiânia, Welton Lemos (Podemos) disse ao Jornal Opção que a “guerrinha interna da Câmara não interessa à cidade” e que o desentendimento pode provocar instabilidade no poder e na base do prefeito Rogério Cruz (Republicanos). A disputa entre o bloco Vanguarda e o presidente da Casa de Leis, Romário Policarpo (Patriotas) tem ocorrido mais recentemente pela demora em escolher um novo vice-presidente da Mesa Diretora.

Na manhã desta quinta-feira, 26, o bloco Vanguarda enviou um requerimento para que a eleição ocorra dentro de 48 horas. A cadeira, que pertencia ao vereador Clécio Alves (Republicanos), ficou desocupada com a eleição do parlamentar para deputado estadual. O grupo argumenta que o regimento interno da Câmara dos Vereadores é claro ao dizer que uma nova eleição deve ocorrer em no máximo 15 dias de vacância. A vaga segue desocupada há 10 meses.

Lemos enxerga, nessa discussão, uma tentativa de colocar o presidente do Legislativo em pé de guerra com o grupo formado por seis vereadores. “De fato, existe insatisfação por algumas situações recorrentes que vem ocorrendo, precisamos identificar onde estão ocorrendo esses problemas, sentar para conversar e resolver. Parlamento é isso aí, as vezes tem discussão, desentendimento, mas daqui a pouco resolve”, aponta.

O líder do bloco, Igor Franco (Solidariedade), apontou que o grupo não se reuniu para decidir se devem lançar um nome para disputar a vaga de vice na Mesa.

Já Romário Policarpo garante que não será pautado pelo desejo de alguns vereadores e que a decisão sobre a convocação de uma eleição é dele.

“Não existe apenas o bloco Vanguarda, preciso ouvir o que a maioria dos vereadores deseja e quando se sentirem confortáveis, a eleição será feita”.

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