Guerra jurídica pode tirar Marçal da disputa em São Paulo; entenda
26 agosto 2024 às 17h15
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O candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB) corre risco de não chegar à eleição com uma candidatura ativa. Ações na Justiça Eleitoral visam barrar a candidatura do ex-coach com denúncias que vão desde abuso de poder econômico e até irregularidades no prazo de filiação ao PRTB, legenda na qual concorre.
Marçal aparece em terceiro nas pesquisas de intenção de votos, segundo levantamentos do Datafolha e Paraná Pesquisas. O candidato cresceu acima da margem de erro nos últimos levantamentos e, hoje, aparece em triplo empate técnico com o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL).
No último dia 8, o secretário-geral do PRTB, Marcos André de Andrade, pediu a impugnação do registro de candidatura de Marçal. Marcos entrou com um pedido de liminar de suspensão do registro da candidatura em si e da convenção, que aconteceu no início do mês. A justificativa é de que a convenção que escolheu Marçal como candidato era nula, já que havia sido realizada sob irregularidades.
O secretário-geral alega que o estatuto no PRTB consta que convenção em cidades com mais de 200 mil habitantes devem ter autorização formal do diretório nacional, e não apenas do presidente. Ele afirma que sempre buscou o presidente do partido, Leonardo Avalanche, para “compor as decisões” sem ter sido atendido.
“Tal situação, nos termos irreversíveis da norma estatutária, eivou de insanável nulidade a referida convenção e inviabiliza o registro da candidatura pretendida”, diz o secretário-geral.
Outra ação que pode tirar Marçal das urnas é do Ministério Público Eleitoral (MPE) de São Paulo, que pediu a suspensão do registro por abuso de poder econômico. O pedido atende representação feita pelo PSB da cidade.
Para o promotor Fabiano Augusto Petean, o abuso ocorreu pelo uso indevido de vídeos de Marçal nas redes sociais durante a pré-campanha. Nesses vídeos, Marçal prometia pagamentos em dinheiro para apoiadores que divulgassem seus conteúdos de propaganda eleitoral. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP) ainda não se manifestou sobre o assunto.
Além disso, o PSB ingressou com uma ação de investigação judicial eleitoral por conta de um suposto esquema de compra de “cortes” de vídeos feitos por seguidores de Marçal. O pedido fez com que houvesse uma liminar que determinou o bloqueio de perfis de Marçal nas redes sociais.
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