De acordo com estudo da Unafisco, imposto pode render até R$59,79 bilhões para o Tesouro

Foto: Tânia Rêgo Agência Brasil

Dentre as medidas tributárias anunciadas no último domingo, 5, pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, em entrevista à CNN Brasil, está a volta da tributação sobre dividendos e a redução dos impostos sobre empresas. Estudo da Unafisco (Associação Nacional Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil) os lucros e dividendos podem render ao governo federal até R$59,79 bilhões.


“É totalmente a volta da CPMF com outro nome. Se ele vier acompanhado pela redução dos impostos sobre a empresa, o feito será neutro ou positivo. Se ele vier sozinho, representando aumento da carga tributária, ele terá consequências negativas. O mercado ainda está cauteloso em relação a esse tema”, avaliou Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da Nova Futura Investimentos.


Já Jefferson Laatus, estrategista-chefe do Grupo Laatus, não acredita que bons impactos surgirão da adoção dessa medida para os empresários. “Para as empresas isso não é positivo, mas para os investidores e pessoas físicas que vão migrar para a bolsa, pode ser positivo porque as empresas vão ter que manter dinheiro em caixa e esse dinheiro vai rentabilizar de alguma forma, sendo muitas vezes recomprando suas ações e investindo em si mesma. Em teoria acaba sendo positivo para a bolsa, para o crescimento das empresas e a valorização dos ativos”, afirmou.


Daniela Casabona, sócia-diretora da FB Wealth, concordou com o posicionamento de Laatus. “Para as empresas isso não é positivo, mas para os investidores e pessoas físicas que vão migrar para a bolsa, pode ser positivo porque as empresas vão ter que manter dinheiro em caixa e esse dinheiro vai rentabilizar de alguma forma, sendo muitas vezes recomprando suas ações e investindo em si mesma. Em teoria acaba sendo positivo para a bolsa, para o crescimento das empresas e a valorização dos ativos”, disse.

Já na visão de Fabrizio Gueratto, financista do Canal 1Bilhão Educação Financeira, não haverá mudanças nem para investidores e nem para empresários. “A lógica do Guedes pegar coisas que impactam pouco no bolso, mas influenciam muito no caixa do Governo.”