Ativistas foram presos por crime ambiental, mas foram soltos três horas depois
Integrantes da ONG Greenpeace foram detidos por três horas na tarde desta quarta-feira, 23, após um protesto realizado em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília. Os militantes protestavam contra o que consideram demora do Governo Federal em responder ao aparecimento de manchas de óleo que atingem 200 pontos do litoral do Nordeste.
Durante a ação, os manifestantes simularam um derramamento de petróleo no calçadão do palácio. O líquido derrubado era feito com uma mistura de amido de milho, farinha de tapioca, óleo de amêndoas, água e corante. De acordo com a ONG, a substância pode ser facilmente retirada com água.
No Twitter, o Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles (Novo), escreveu que o Greenpeace “não bastasse não ajudar na limpeza do petróleo venezuelana nas praias do Nordeste, os ecoterroristas ainda depredam patrimônio público”. Também na rede social, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) escreveu que se tratava de “um escárnio. Se gastassem dinheiro e energia para fazer o certo estaríamos melhores (…). Se o Lula ali na PR nos roubando e dando uma parte a eles, aí sim (sic) estariam felizes”.
A entidade respondeu que realizar manifestações “não nos impede de a mesmo tempo ajudar em mutirões de limpeza de praia, como nossos grupos de voluntários têm feito enquanto o governo nada fazia de efetivo”.
Isso é um escárnio. Se gastassem dinheiro e energia para fazer o certo estaríamos melhores. Mas não, tem que usar a pauta ambiental para fazer política. Se fosse o Lula ali na PR nos roubando e dando uma parte a eles, aí sim estariam felizes. A teta secou. Vão ter que trabalhar. https://t.co/nA8LAwsuSE
— Eduardo Bolsonaro?? (@BolsonaroSP) October 23, 2019
Oi, deputado. Realizar manifestações não nos impede de a mesmo tempo ajudar em multirões de limpeza de praia, como nossos grupos de voluntários têm feito enquanto o governo nada fazia de efetivo. https://t.co/OIKPIyJVnb
— Greenpeace Brasil (@GreenpeaceBR) October 23, 2019
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