Goiânia mantém a oitava tarifa mais barata entre capitais brasileiras no transporte coletivo urbano, fixada em R$ 4,30. O preço é um dos mais baixos entre as grandes cidades no Brasil, mas desafia as gestões municipais participes na divisão dos custos do subsídio. A política pública de congelamento da tarifa é pautada como forma de aliviar o impacto econômico no orçamento dos usuários, que em geral pertencem às classes sociais mais baixas.

Enquanto Goiânia mantém a tarifa em R$ 4,30, cidades como Curitiba (PR) e Florianópolis (SC) têm os preços mais elevados, chegando a R$ 6,00 e R$ 6,90, respectivamente. Por outro lado, capitais como Maceió (AL) e Rio Branco (AC) apresentam os preços mais baixos, abaixo de R$ 3,50.

Manter a tarifa de R$ 4,30 representa uma economia para os mais de 400 mil usuários diários do sistema de transporte coletivo de Goiânia e região metropolitana. Muitos dependem do transporte público para trabalhar, estudar e acessar serviços essenciais, e a política tarifária tem um impacto direto na renda dessas pessoas.

A Agência Goiana de Regulação (AGR) aprovou, no último dia 27, o aumento de 12% na tarifa técnica do transporte coletivo. Ainda assim, o usuário continuará pagando o mesmo valor. Atualmente, o subsídio público é responsável por 82% dos pagamentos ao sistema público de ônibus. Como a rede também atende cidades próximas, as prefeituras de Aparecida de Goiânia, Senador Canedo, Trindade e Goianira também contribuem com o subsídio com cerca de 17,6% do valor total a ser repassado.

Presidente do Fórum Mova-se de mobilidade, Miguel Ângelo Pricinote explica que o aumento da tarifa técnica é temporário, tendo em vista que a partir do próximo ano dois itens deixam de ser contabilizados: as obras nas plataformas do Eixo Anhanguera e a renovação da frota elétrica. “A previsão é que esse custo recue a partir de março de 2026 e se estabeleça em R$ 9,75, o que vai baratear o subsídio das prefeituras e do estado”, disse.

Ele aponta que caso não houvesse o subsídio do transporte coletivo na Grande Goiânia, o preço da tarifa para o usuário seria em torno de R$ 8,30. “Cabe ressaltar que esses custos são referentes à toda a operação em diversos municípios. Antigamente existia o que se chamava de anéis tarifários, onde uma pessoa que morava mais longe pagava muito mais caro. Hoje, o valor do transporte é fixo”, aponta.

Confira a lista completa das tarifas entre as Capitais:

  • Maceió (AL): R$ 3,49
  • Rio Branco (AC): R$ 3,50
  • Palmas (TO): R$ 3,85
  • Belém (PA) – R$ 4,00
  • Teresina (PI) – R$ 4,00
  • Recife (PE) – R$ 4,10
  • São Luís (MA) – R$ 4,20
  • Goiânia (GO) – R$ 4,30
  • Fortaleza (CE): R$ 4,50
  • Manaus (AM): R$ 4,50
  • Macapá (AP): R$ 4,55
  • Rio de Janeiro (RJ): R$ 4,70
  • Vitória (ES): R$ 4,70
  • Campo Grande (MS): R$ 4,75 
  • Porto Alegre (RS): R$ 4,80
  • João Pessoa (PB): R$ 4,90
  • Natal (RN): R$ 4,90
  • Cuiabá (MT): R$ 4,95
  • Aracaju (SE): R$ 5,00
  • São Paulo (SP): R$ 5,00
  • Salvador (BA): R$ 5,20
  • Boa Vista (RR)R$ 5,50
  • Brasília (DF): R$ 5,50
  • Belo Horizonte (MG): R$ 5,75
  • Curitiba (PR): R$ 6,00
  • Porto Velho (RO): R$ 6,00
  • Florianópolis (SC): R$ 6,90

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