Governo Marconi Perillo bateu recorde de comissionados, aponta levantamento
31 dezembro 2024 às 14h36
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O governo de Marconi Perillo (PSDB) bateu recorde de funcionários comissionados. A gestão estadual, que ocorreu entre 2015 e 2018, registrou aumento de cargos do tipo. Em janeiro de 2015, eram 8.401 servidores nesta condição, número bem superior aos atuais 6.669 comissionados que compõem a estrutura do Executivo estadual em 2024. A informação foi coletada no Portal da Transparência.
Já em 2016, a gestão do tucano, que tinha como vice José Eliton (PSDB), registrou 7.180 cargos comissionados no mês de novembro. A média para o ano ficou em cerca de 7 mil funcionários nomeados sem a realização de concurso público. Já em 2018, a média foi um pouco inferir, 6,9 mil, tendo seu pico em agosto, com 6.943 comissionados.
Durante o governo de Marconi, Goiás também registrou gasto de 80% da arrecadação para pagamento da folha salarial, o que não inclui custos com dívida pública e o custeio da máquina estadual. Esse valor ultrapassava o limite prudencial estabelecido na Lei de Responsabilidade Fiscal, que previa que os entes federados poderiam gastar, no máximo, 60% da arrecadação com a folha.
De acordo com a Secretaria do Tesouro Nacional (STN), o Governo de Goiás destina hoje 54% da receita estadual, cerca de R$ 1,5 bilhão, com a folha de pagamento de servidores ativos, inativos, aposentados, pensionistas e comissionados. Do total, 2,6% são destinados a comissionados. Em novembro deste ano, o governo do Estado arrecadou 4,06 bilhões em receitas, enquanto os gastos com comissionados chegaram a R$ 39,4 milhões, ou menos de 1% da receita estadual.
Durante o governo Marconi, duas emendas constitucionais que burlaram as regras estabelecidas pelo governo federal e mascararam a extrapolação do teto de gastos foram aprovadas. Com isso, ficou estabelecido que despesas com pensionistas não seriam computadas.
Em 2019, início do governo Ronaldo Caiado (UB), a folha de pagamento Estadual consumia 76,8% da arrecadação. Por conta disso, foi necessário realizar reformas administrativas e fiscais para restabelecer a condição financeira do estado.
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