Governo quer digitalizar, integrar dados e utilizar biometria para acesso a benefícios sociais e da previdência para cortar gastos

23 julho 2025 às 21h00

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, nesta quarta-feira, 23, dois decretos para digitalizar e integrar os dados do país e, com isso, cortar gastos. Um dos decretos estabelece o uso da biometria em benefícios sociais e previdenciários; já o outro formaliza a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), que visa integrar as bases hoje fragmentadas entre União, estados e municípios.
As iniciativas fazem parte de um esforço de digitalização da máquina pública. De acordo com a ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, a medida já dá frutos. “A estimativa de economia com a troca de informações entre sistemas é de quase 8 bilhões de reais”, afirmou. “Essa infraestrutura digital nos coloca na fronteira global da integração de dados, segundo o Banco Mundial e a OCDE.”
Entre as mudanças está o uso da nova carteira de identidade como chave biométrica para acessar serviços do governo. A biometria passará a ser exigida para a concessão, renovação e manutenção de programas sociais, como o Bolsa Família, Benefício de Prestação Continuada (BPC) e aposentadorias do INSS. A adoção, no entanto, deve ser gradual e visa dificultar fraudes, além de acelerar análises e o cruzamento de informações.
O novo Cadastro Único, lançado em 2025, já vem com dados pré-preenchidos, poupando os cidadãos da tarefa de apresentar documentos que já constam no sistema do governo.
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