Governo federal não repassa verba e terceirizados da UFG podem ficar sem salário
14 outubro 2017 às 15h21

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Segundo reitor, caso verba não seja paga por completo, dívida da Universidade pode chegar a R$ 20 milhões
O reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Orlando Amaral, afirmou que até o momento a instituição recebeu do governo federal apenas 85% do orçamento de custeio. “Ou seja, ainda não recebemos o orçamento integral aprovado pela LOA (Lei Orçamentária Anual)”, disse.
Conforme adiantou o Jornal Opção, com uma redução real de 13% no orçamento em relação ao último ano, a universidade enfrenta pelo terceiro ano consecutivo graves dificuldades financeiras à medida que o segundo semestre do ano avança.
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Segundo Orlando, a expectativa é que o governo passe os 100% para que se tenha condições de pagar ou empenhar recursos para honrar o compromisso com os terceirizados. “Se recebermos 100%, a dívida para o ano seguinte será menor, mas, se ficar estacionado, teremos menos condições de empenhar os meses que nos faltam. Ainda há meses em aberto que ainda não foram pagos [aos terceirizados]”, disse.
“Se a gente receber 100% dessa verba imagino que a dívida seja em torno de 10 milhões de reais, que seria pago já com o orçamento de 2018. Caso fique estacionado nestes 85%, a dívida deve saltar de 10 para 15 a 20 milhões”, explicou.
Para tentar conter os efeitos da crise, a UFG, juntamente com a entidade sindical, deve promover debates com a comunidade acadêmica para tratar de cortes no financimento e pesquisa.
Diante do cenário caótico, a universidade também deve congelar algumas obras. É o caso do prédio do curso de Engenharia Mecânica no Campus Samambaia, que já teve os trabalhos paralisados. A construção do campus de Aparecida de Goiânia e a conclusão da nova biblioteca são outras obras que podem ser afetadas.