Governo estima desonerar até 25% da folha e criar um novo imposto
30 julho 2020 às 09h21
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Guedes acredita que mudança dessa natureza possa resultar na diminuição dos índices de desemprego no país. Proposta deve chegar ao Congresso em agosto e prevê ainda mudanças no Imposto de Renda
O Ministério da Economia segue estudando uma nova forma para pagamento de impostos no Brasil. A ideia da pasta consistem em promover uma desoneração da folha de pagamentos de até 25%. A mudança, a princípio, incidiria sob todas as faixas salariais.
Conforme mostrado pelo jornal Folha de S. Paulo, nos cálculos do ministro da Economia, Paulo Guedes, o montante seria suficiente para desonerar empresas a pagarem impostos aplicados até um salário mínimo.
No entanto, para que o governo possa abrir mão dessa arrecadação com segurança, seria necessária a criação de um novo imposto que seria aplicado sob os pagamento. A corpo técnico que elabora a proposta tem trabalhado com uma alíquota mínima de 0,2% de contribuição.
O corte de parte dos impostos pagos pelas empresas à União é objeto de desejo antigo de Guedes. O ministro estima que uma mudança dessa natureza possa resultar em uma diminuição nos índices de desemprego no país, haja vista que diminuiria os custos para novas contratações.
A proposta de novo imposto deverá ser enviada já no mês de agosto ao Congresso.
Imposto de Renda
Juntamente à proposta anterior, o Congresso também tende a receber sugestões de mudanças relacionadas ao Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). O governo tende a propor um aumento da faixa de isenção que passaria dos moldes atuais – R$ 1.903,99 – para um teto de aproximadamente R$ 3 mil.
Por outro lado, o Ministério da Economia também prevê diminuir a alíquota de 27,5%, atualmente a mais alta, ao passo em que criará uma alíquota maior para os mais ricos.
Outra sugestão está relacionada a redução das deduções, que atualmente são as seguintes: despesas médicas, por dependentes e causas educacionais.