Após reunião com prefeitos, governador Ronaldo Caiado cogita alterar um ou dois pontos no decreto que proíbe temporada no Araguaia

O governador Ronaldo Caiado deve anunciar mudanças em um ou dois pontos do decreto que proíbe atividades de turismo e lazer na região do Araguaia e afluentes. A informação foi confirmada pelo prefeito de Aruanã, Hermano de Carvalho, que contou ao Jornal Opção que logo a alteração deve ser anunciada, após debate em live que ocorreu na tarde desta quarta-feira, 12.

Também ao Jornal Opção, a Goiás Turismo informou que a temporada permanecerá suspensa. Mesmo com as mudanças, não deve haver alterações em relação à montagem das barracas e atividades turísticas habituais no Rio Araguaia. No entanto, “a Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento (Semad) irá estudar uma maneira de liberar a pesca esportiva de maneira segura”.

Mesmo após a reunião com o governador e outros prefeitos da região, que se beneficia com a temporada, o prefeito de Aruanã mantém o posicionamento contrário à visitação na cidade.

“Quando eu defendo essa não participação, neste ano, dos turistas, para que eles deixem de vir, é porque tivemos situações muito delicadas depois do carnaval. Aruanã é uma cidade de 10 mil habitantes e em uma temporada normal ela recebe 30 vezes a população dela, cerca de 300 mil pessoas. Quando for agosto, vai acontecer a mesma coisa que ocorreu agora em fevereiro. De sete a 14 dias depois começam as internações. Nós perdemos 16 pessoas na cidade neste período e até hoje tem gente internada em UTI”, relatou Hermano de Carvalho.

“A vacina em Goiás ainda está em 60 anos, não existe tratamento eficaz. O que existe é o cuidado individual. Temos que fazer de tudo para evitar essas grandes aglomerações. Aruanã é uma cidade que fica asfixiada por essa quantidade enorme de turistas que nos visitam. Peço a todos que tenham muita paciência e que não venham. Nos deem uma trégua”, ressaltou.

“Tão logo todo mundo estiver vacinado e tudo voltar à normalidade, serão todos muito bem-vindos.
Sou preocupado com a economia? Sou, e muito. Coloquei isso na live. Teríamos que socorrer os ribeirinhos, o pessoal da pesca ribeirinha, indígena. É obrigação nossa, tanto do governo do Estado quanto do município, que a gente pense alguma situação. No ano passado não aconteceu. Se vai fechar, tem que ter sobrevida para este pessoal”, acrescentou.