De acordo com o ministro, governo fará “tudo o que estiver ao alcance” para ajudar a companhia telefônica

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, disse nesta segunda-feira (20/2) que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) já montou uma equipe para intervir na operadora de telefonia Oi, caso seja necessário.

“Nossa expectativa é no sentido de não precisarmos intervir. Mas tenho dito já em várias oportunidades que o governo, através da Anatel, se prepara para intervir – porque é nossa obrigação – caso a situação econômico-financeira da Oi não consiga uma solução, em especial à sua recuperação judicial”, disse o ministro. “Infelizmente, à medida que o tempo passa e essa solução não aconteça, aumenta as possibilidades de que uma intervenção aconteça”, ressaltou.

Segundo ele, o governo fará “tudo o que estiver ao seu alcance para tentar ajudar e apoiar a companhia na solução desse impasse”. No entanto, Kassab frisou que “já foi definido pelo governo que não haverá, em nenhuma hipótese, injeção de recursos públicos na Oi”.

A empresa ajuizou, em junho do ano passado, um pedido de recuperação judicial, com a intenção, segundo ela, de superar “dificuldades financeiras momentâneas e possibilitar que [a companhia] continue desempenhando suas atividades normais, mantendo a prestação de serviços a seus clientes e preservando empregos”.

USP

O ministro falou sobre o assunto após reunir-se com o reitor da Universidade de São Paulo (USP), Marco Antonio Zago, na reitoria da universidade, em São Paulo. Segundo a assessoria da USP, na reunião, o ministro e reitor conversaram sobre a participação da universidade nos programas do ministério.

“A universidade apresentou uma série de importantes investimentos que vão acontecer aqui na USP e, em alguns deles, eles pediram o nosso apoio e a nossa parceria”, disse Kassab, lembrando que, “em algumas semanas”, a USP irá celebrar uma parceria com o Instituto Pasteur, um dos mais importantes centros de pesquisa do mundo, que deverá ter uma sede instalada na universidade paulista. “Teremos o Instituto Pasteur aqui, inaugurando sua primeira unidade no Brasil”, falou.

De acordo com o ministro, sua pasta pretende colaborar com a USP em alguns projetos, apesar da crise. “Os investimentos não são sempre a fundo perdido. Existem os investimentos na forma de financiamento, que tem um retorno para o governo federal. E ciência, pesquisa e educação necessariamente, em qualquer país do mundo, precisam de recurso público para que sejam impulsionadas”.