A infecção provocada por fungos já acometeu quase 9 mil pacientes com Covid-19 na Índia. Os especialistas acreditam que essa diminuição da imunidade pode desencadear casos de mucormicose

A Secretaria de Estado da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap) confirmou o primeiro caso de mucormicose, infecção fúngica conhecida como “fungo preto”, em uma mulher, de 42 anos, que já teve a Covid-19.

De acordo com a Sesap, ela apresentou sintomas da mucormicose e a biópsia confirmou a ocorrência do fungo. Ela encontra-se em tratamento em casa. Em nota, a secretaria disse que a “equipe de vigilância da Sesap está acompanhando o quadro, avaliando os exames, o histórico de movimentações da paciente e sua situação clínica atual”.

O Ministério da Saúde informa que não tem série histórica sobre mucormicose, pois a doença não é de notificação compulsória. Com base na distribuição anual dos pacientes usaram o Complexo Lipídico de Anfotericina B para o tratamento da doença, de janeiro de 2018 até hoje foram registrados um total de 137 casos da doença no Brasil – 2019 apresentou o maior número de registros, 47 casos. Em 2018 e 2020 foram, respectivamente, 25 e 36 casos.

O que é a mucormicose?

Popularmente conhecido como “fungo preto”, o quadro mata mais de 50% dos acometidos. Muitos precisam passar por cirurgias mutilantes, que retiram partes do corpo afetadas pelo micro-organismo, como os olhos.

A infecção provocada por fungos já acometeu quase 9 mil pacientes com Covid-19 na Índia. Os especialistas acreditam que essa diminuição da imunidade pode desencadear casos de mucormicose.