Empréstimos vão até R$100 mil, com juro de 2,5% ao ano e carência até janeiro do próximo ano

Empresários interessados devem procurar pelo Banco do Brasil (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O governo estadual articulou para que mais uma linha de crédito fosse disponibilizada para micro e pequenos empresários do Estado de Goiás. Com articulações no Conselho de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Condel), o governador Ronaldo Caiado, por meio da Secretaria de Indústria, Comércio e Serviços (SIC) e junto à GoiásFomento, conseguiu a liberação da linha FCO Capital de Giro Dissociado Covid-19.

“Nós tínhamos quatro linhas na GoiásFomento para o pequeno empresário. O que a gente conseguiu agora é um maior volume de recursos a partir do momento que disponibiliza também recursos do FCO”, anunciou Adionídio Neto, titular da SIC. O FCO é um Fundo Constitucional, cuja arrecadação é vinculada à receita de tributos federais.

“Goiás sempre tem o FCO para administrar. É um conselho paritário que tem representantes do Fórum Empresarial e do governo que fazem as decisões de onde vão a aplicação do recurso. Só que não tinha previsão para esse FCO capital de giro dissociado, porque as linhas de capital de giro são associadas a algum investimento”, explica Adionídio.

“Nosso governador tem a cadeira no Condel, que trata dos fundos constitucionais. Ele levou a proposta da criação dessa linha de crédito e a partir de hoje ela está operacional. Como o Banco do Brasil é nosso agente de crédito para ter esse recurso. O microempresário tem que ir ao Banco do Brasil e fazer a simulação. O banco vai exigir algumas garantias, consultas a restrições”, informou.

Com limite de valor de R$100 mil, o financiamento tem taxa de juro de 2,5% ao ano e o empresário só começa a pagar em janeiro de 2021. “Essas condições são para atender o maior número de empresas possíveis”, afirma o titular da SIC. Ele ressalta que qualquer tipo de empresa pode se candidatar ao crédito, inclusive cooperativas, empresas tanto no setor comercial, industrial e de serviços.

Para ele, o recurso chega em momento oportuno. “Empresas de pequeno porte são as que mais sofrem nesse momento de pandemia. Sofrem, porque não têm uma reserva de caixa, não têm onde cortar e vivem com seu faturamento. Como caiu o faturamento e algumas até tem que ficar fechadas, elas precisam desse capital de giro para pagar funcionários, pagar alguma fatura. Muita gente comprou equipamentos, mercadorias para revender e não estão vendendo. Esses boletos estão vencendo”, destaca.

“Esse dinheiro pode salvar a manutenção de muitas dessas empresas, inclusive salvar muitos empregos no Estado de Goiás”, avaliou o secretário.