Desde junho de 2015, governo estadual utiliza a metodologia de estudo de custos para aferir gastos com cada hospital, buscar ajustá-los e melhorar os serviços prestados

Desde junho de 2015, o governo de Goiás avalia mensalmente os gastos com a manutenção dos hospitais estaduais com o propósito de fiscalizar, controlar e estimular a eficiência desses gastos, e melhorar os serviços prestados. O método utilizado é o chamado estudo de custos, implantado de forma pioneira por Goiás na área da Saúde, único estado da Região Centro-Oeste a utilizá-lo.

A Secretaria Estadual de Saúde do Estado de Goiás implantou o centro de custos em conjunto com as Organizações Sociais (OS) no mês de junho de 2015. No Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), o estudo de custos foi implantado em novembro de 2015, já que a unidade só foi inaugurada em julho daquele ano.

A metodologia do estudo de custos prevê um prazo entre 18 e 24 meses para que o objeto analisado possa apresentar dados fidedignos e concretos de sua realidade. Dessa forma, o governo estadual terá, em junho de 2017, o resultado final do estudo de custos de todas as unidades estaduais de saúde.

Superintendente executivo da Secretaria Estadual de Saúde, Deusdete Vaz explica que o estudo de custos já possibilitou à Secretaria de Saúde identificar os custos que variam entre as especialidades oferecidas pelos hospitais, e a forma como as OS estão realizando seus gastos. “Algumas OSs já mostraram melhor eficiência na execução de seus gastos. Ao final desse processo, queremos utilizar essas OSs de modelo, parâmetro para as outras OSs seguirem”, afirma.

Deusdete esclarece que antes do prazo mínimo de 18 meses e máximo de 24 que o estudo exige, é impossível obter dados fidedignos, pois eles ainda são passíveis de erro. “Os dados de 2015, por exemplo, não nos servem de base para nosso diagnóstico”, pontua.

O superintendente afirma que são quatro os objetivos do governo estadual com o centro de custos: identificar realmente os custos de cada unidade; estimular o ajuste e eficiência desses custos; melhorar os serviços prestados, e possibilitar que futuramente o paciente possa receber uma fatura detalhada do quanto custou o seu tratamento para aquela unidade.