Captação de órgãos realizada pela Fundação Banco de Olhos ultrapassou meta estipulada e excedente começa a ser enviado para transplantes em outros estados

A fila para a realização de transplantes de córneas em Goiás, que se estendia por mais de dez anos continuamente, chegou ao fim nesta quinta-feira (23/11). A Fundação Banco de Olhos (Fubog) captou a córnea e encaminhou para o médico responsável realizar o transplante, zerando, assim, por completo a espera para uma cirurgia.

Além disso, as córneas excedentes começaram a ser enviadas para outros estados e, nesta quinta, três unidades foram encaminhadas para a realização de transplantes no Rio de Janeiro (RJ).

Segundo dados da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), em setembro deste ano, havia 82 pessoas aguardando o transplante de córnea no Estado. “Hoje, Goiás conseguiu zerar essa fila e nosso excedente começou a ir, inclusive, para outros estados. Quase 90% dos procedimentos são realizados pela Fundação Banco de Olhos, ultrapassando nossa meta e contribuindo ainda mais para ajudar a nossa população nessa questão de saúde pública”, destacou o presidente da Fubog, Zander Campos da Silva.

Nesse sentido, os números divulgados pela ABTO reforçam a importância de Goiás nesse cenário. Os dados revelam que, no período de janeiro a setembro de 2017, Goiás aparece em primeiro lugar na realização de transplantes de córnea por milhão de população por estado, com 161,1 transplantes realizados; e em quarto lugar como estado com maior número de transplantes, atrás apenas de São Paulo, Paraná e Minas Gerais.

Captação

Desde 1977, a Fundação faz a enucleação, análise e o armazenamento das córneas destinadas a transplantes no Estado de Goiás. No Centro de Pesquisas de Córneas da Fundação, são realizados exames para avaliação da córnea e a contagem celular do endotélio, antes da mesma ser enviada ao médico para o transplante.