Goiás Turismo e Acieg avaliam concessão do aeroporto de Goiânia positivamente e como um recomeço em meio à crise
07 abril 2021 às 15h56
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A aeroporto Santa Genoveva tem capacidade para crescimento de mais de 50%. A privatização deve gerar emprego, renda, novos investidores em um local moderno e trazer novas oportunidades para o estado
O aeroporto internacional de Goiânia – Santa Genoveva participou na manhã desta quarta-feira, 07, da sexta rodada de concessões, composta por 22 aeroportos, divididos em três blocos: Sul, Central e Norte. Durante o leilão aeroportuário, a Companhia de Participações em Concessões (CPC), do Grupo CCR, venceu a disputa pelo Bloco Central, que inclui o Aeroporto Santa Genoveva em Goiânia, de São Luís (MA), Teresina (PI), Palmas (TO), Petrolina (PE) e Imperatriz (MA).
O chamado Bloco Central recebeu a partir do lance mínimo de R$ 8,1 milhões três propostas, R$ 9,7 milhões, da ACI do Brasil, com ágio de 20,1%; R$ 40,3 milhões, do Consórcio Central Airports, com ágio de 395%; e R$ 754 milhões, da Companhia de Participações em Concessões (CCR), com ágio de 9.156%.
De acordo com o presidente da Goiás Turismo, Fabrício Amaral, tudo indica que o aeroporto de Goiânia estará privatizado a partir deste leilão que ocorreu hoje. Para ele, a expectativa inicial da concessão é de melhoria na infraestrutura, qualificação e na relação com o poder público, já que grupo terá que comprimir questões contratuais. “Nossa expectativa com a privatização é teoricamente muito positiva, mas isso não é sinônimo de resultado. Acreditamos que haja melhoria e investimento de toda ordem no aeroporto de Goiânia”.
Segundo Fabrício Amaral, o aeroporto Santa Genoveva tem uma capacidade para crescimento de mais de 50%, enquanto o aeroporto de Brasília, grande referência nacional, ocupando o segundo lugar de movimentação aérea, está estrangulado. “Ao longo dos anos projetamos melhor infraestrutura e modernização já que o grupo vencedor terá que cumprir requisitos com o governo federal. Para os negócios e a geração de empregos é melhor com a iniciativa privada do que com o poder público, com a abertura de novos voos e condição de ampliar internacionalmente, visto que Goiânia tem um capacidade reprimida de mais de 50%”.
O presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg), Rubens Fileti, lembra que os casos de concessões de aeroportos pelo país nos últimos anos foram de sucesso. “Atraiu emprego, renda e muitos investimentos tanto para área internacional, como para os voos doméstico, contribuindo para o movimento da economia.”
Rubens Fileti afirma que o setor privado vai dar um ritmo mais acelerado. Ele explica que a número de interessados no leilão demonstra que é algo viável e atrativo para as empresas que vão explorar economicamente a concessão e consequentemente “atrair diversos investidores para melhoria do nosso ambiente econômico e atender todas aquelas nossas reivindicações que passam pela malha aérea. É um bom recomeço em meio à crise. Vai gerar emprego, renda, novos investidores em um aeroporto muito mais moderno e trazer novas oportunidades para o nosso estado”.
Companhia de Participações em Concessões (CPC), do Grupo CCR
Fundada em 1999, com atuação nos segmentos de concessão de rodovias, mobilidade urbana, aeroportos e serviços, é referência nacional e internacional. O Grupo CCR foi o primeiro a ingressar no Novo Mercado da B3 (antiga BM&FBovespa).
Hoje, a companhia é responsável por 3.955 quilômetros de rodovias da malha concedida nacional, nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Foi também responsável pelo primeiro contrato de concessão de rodovia do país, com a CCR Ponte, responsável pela Ponte Rio-Niterói no período de junho de 1995 a 31 de maio de 2015.
O Grupo CCR atua ainda em negócios correlatos, como no setor de transmissão de dados de alta capacidade por meio da Samm, empresa prestadora de serviços de comunicação multimídia e conectividade IP com mais de 4.700 quilômetros de fibra óptica subterrânea e aérea.
O grupo ingressou, em 2012, no setor aeroportuário, com a aquisição de participação acionária nas concessionárias dos aeroportos internacionais de Quito (Equador), San José (Costa Rica) e Curaçao. No Brasil, possui a concessionária BH Airport, responsável pela gestão do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Minas Gerais. Em 2015, adquiriu a TAS (Total Airport Services), empresa norte-americana prestadora de serviços aeroportuários.
Comprometida com o desenvolvimento sustentável, a CCR assinou o Pacto Global da ONU e integra pelo 8º ano consecutivo a carteira do ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da BM&FBovespa). Emprega, atualmente, mais de 15 mil colaboradores. O Grupo CCR é uma das maiores companhias de concessão de infraestrutura da América Latina.
CCR Aeroportos: responsável pelas concessionárias BH Airport (Aeroporto Internacional de Belo Horizonte), Quiport (Aeroporto Internacional de Quito, Equador), Aeris (Aeroporto Internacional de San José, Costa Rica), CAP (Aeroporto Internacional de Curaçao, Antilhas Holandesas) além das TAS (Total Airport Services, nos Estados Unidos), empresa de prestação de serviços aeroportuários.