Goiás tem mais de 8,6 mil pessoas presas
24 julho 2023 às 18h34
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A população prisional em Goiás é de 8.647 pessoas até o dia 17 de julho deste ano, conforme números da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP). Esse número representa um aumento de 3,67% desde julho de 2022, quando 8.341 pessoas estavam presas no estado.
No geral, contando a população prisional em todos os regimes, são 21.804 pessoas. Esse número é maior é 4,22% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando os presos somavam um total de 20.921 em Goiás.
A população prisional no Brasil atingiu um novo recorde, chegando a 832.295 pessoas no final do ano passado, conforme apontado no 17º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, publicado no último dia 20. Esse número representa um aumento de 257% desde o ano 2000.
Se essas pessoas vivessem em uma cidade, ela ocuparia a 18ª posição na lista das mais populosas do país. É alarmante notar que a maior parte dos presos é composta por pessoas negras, representando 68,2% do total, e a faixa etária mais prevalente é de 18 a 29 anos, totalizando 43,1%.
A população carcerária do país engloba pessoas em diferentes regimes, incluindo fechado, semiaberto, aberto, medida de segurança e tratamento ambulatorial para aqueles considerados inimputáveis por doenças psiquiátricas. Além disso, também são contabilizadas pessoas em prisão domiciliar, com tornozeleira ou sem ela.
Mais números
O relatório divulgado revela que 2.453 pessoas presas morreram em 2022, sendo a principal causa de óbitos relacionada a problemas de saúde, com 1.430 casos, seguida por 400 mortes ainda sem causa esclarecida e 390 vítimas de crimes.
Outro dado preocupante é o déficit de vagas no sistema prisional brasileiro, que conta com 596,1 mil vagas. Portanto, havia um déficit de mais de 236 mil vagas no final do ano passado, representando uma diminuição de 40 mil vagas em relação ao ano anterior.
Uma parte dessa redução no número de vagas se deve a uma mudança na contagem adotada por alguns estados. Por exemplo, no Paraná, os presos em regime de patronato, que recebem assistência enquanto cumprem pena em regime aberto ou são egressos do sistema carcerário e dormem em albergues, não foram contabilizados.
Os dados compilados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública são provenientes do Sisdepen (Sistema de Informações do Departamento Penitenciário Nacional), vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.
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