Os crimes de feminicídio apresentaram queda de 31% no primeiro trimestre de 2024, após cinco anos consecutivos de alta. Os homicídios praticados contra o gênero feminino passaram de 13 em 2023 para nove em 2024, conforme dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP) divulgados nesta quinta-feira, 11.

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A queda foi observada em pelo menos 16 modalidades de crimes distintas, como roubo a transeunte (-33%), furto em propriedades rurais (-6%) e homicídio doloso (-24%). Nos três primeiros meses de 2023, por exemplo, foram registradas 274 mortes violentas, número que passou para 209 em 2024. Ao todo, mais de 75% dos municípios goianos não registraram homicídios este ano.

“A queda é atribuída ao trabalho integrado das forças de segurança, em especial as especializadas como o Batalhão Maria da Penha e as Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher. [A queda do] homicídio é o nosso carro chefe, que teve uma redução considerável. Além disso, continuamos zerados nos crimes relacionados a roubos em instituições financeiras”, afirmou o secretário da SSP, Coronel Renato Brum. 

Recorde de mandados 

Segundo levantamento da SSP, foram cumpridos 2.258 mandados de prisão e apreensão neste ano – o maior já registrado em Goiás. As polícias Civil e Militar fizeram ainda 7.352 prisões em flagrante. 

No total, 69 quadrilhas foram desarticuladas e 1.158 armas de fogo apreendidas, além de 1.911 foragidos da Justiça recapturados. No período, mais de 3 toneladas de drogas como maconha, cocaína, crack e skank foram apreendidos.

Em ações integradas, ostensivas ou no patrulhamento de rotina, as forças de segurança abordaram ainda 274.383 mil automóveis, recuperaram 974 veículos com registro de furto ou roubo e abordaram 401.562 pessoas.

“Estamos investindo em tecnologia para coibir os crimes cibernéticos. Recentemente recebemos softwares modernos do Ministério da Justiça e da Polícia Federal para continuarmos trabalhando. Os crime tem migrado para a área cibernética e estamos aperfeiçoando os nossos policiais e delegados no combate”, afirmou Brum.   

Câmeras em fardas 

Ao ser questionado sobre câmeras em fardas da Polícia Militar (PM), o secretário afirmou que o governo está em contato com o Ministério da Justiça para conseguir a verba para dar andamento à implantação, visto que o estado não tem recursos suficientes para arcar com o equipamento. 

Brum, entretanto, disse que as câmeras poderiam trazer benefícios, mas também prejudicar a ação dos policiais, que poderiam ficar desconfortáveis com o monitoramento. 

“Alguns estados que colocaram, como São Paulo, estão retirando pelo simples fato de que coíbe o policial. Imagina ficar com uma câmera 24h em serviço, isso traz fadiga e uma certa insegurança. Porém, a prioridade agora é as câmeras de videomonitoramento colocadas nos presídios e estamos querendo colocá-las também na cidade”, concluiu