Apesar da queda, nove estados brasileiros não tiveram grande declínio no último trimestre de 2019 comparado com 2018. Goiás, que não esteve entre eles, viu homicídios caíres 32,9% neste período

O número de mortes por assassinato em todo território nacional caiu 19% em 2019, quando comparado com o ano de 2018. Esse é o menor patamar atingido desde 2007, ano em que o Fórum Brasileiro de Segurança Pública começou a coletar os dados. Os números são do Monitor da Violência, criado pelo site G1, com dados oficiais dos estados brasileiros.

O Estado de Goiás também teve queda vertiginosa. De acordo com o Monitor, em 2017, houveram 2.421 mortes violentas em todo o Estado. Ou seja, a cada 100 mil habitantes, 35.7 foram vítimas da violência. Em 2018, o Estado começou a testemunhar a queda deste índice. Neste ano, 2.174 vítimas de homicídio, 31.41 a cada 100 mil habitantes. Já em 2019, a queda foi ainda mais acentuada, com 1.676 mortos em crimes violentos em Goiás. Sendo assim, 24.22 a cada 100 mil habitantes.

O monitor também verificou que, apesar das quedas acima de 20% nos primeiros trimestres, nos meses de outubro a dezembro de 2019, a queda não foi tão grande assim, atingindo apenas 11,8%. No entanto, Goiás não esteve entre os estados viram o declínio da violência diminuir, registrando um decréscimo de 32,9% no quarto trimestre de 2019, quando comparado com o ano anterior. Entre outubro e dezembro de 2018, o Estado registrou 519 homicídios. Já no mesmo período do ano passado, esse número caiu para 348.

Em entrevista ao G1, Bruno Paes Manso, do Núcleo de Estudos da Violência da USP, afirmou que apesar da queda dos homicídios em todo território nacional, o Brasil segue como primeiro no ranking de países com maior número absoluto de mortes intencionais violentas no mundo. Para ele, ainda existe uma incerteza se a queda de letalidade nos crimes é consistente. “A resposta só vira nos próximos anos”, disse.

Os nove estados em que a queda da violência não foi muito alta no último trimestre de 2019, serve como “alerta para os governadores, que devem ficar atentos para não perder o controle da situação”, falou.