No entanto, índice de ocupação segue alto, Taxa registrada nesta terça-feira, 6, é de 97.01%

| Foto: Divulgação / Prefeitura de Goiânia

Acompanhando a previsão da Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO), Goiás começa a entrar em uma estabilização na contaminação pela Covid-19. O cenário de platô já era previsto para o mês de abril, mas com alta taxa de ocupação de leitos de UTI.

O secretário de Saúde, Ismael Alexandrino, disse em entrevista ao Jornal Opção, que Goiás registra há 11 dias consecutivos uma diminuição no número de pedidos por vaga em UTI. “Eu sempre me baseio por esse número porque ele não tem delay [atraso]. O número de óbitos, por exemplo, tem dois, três dias de delay,o número de casos também porque depende do resultado do exame. Agora, a pressão na porta ela é em tempo real, eu consigo avaliar o de hoje em relação a ontem e em relação a amanhã. Então, eu gosto de avaliar esse dado e temos, de fato, esse número diminuindo. Ele ainda está muito alto como previmos que estaria durante todo o mês de abril, começou a diminuir no final do mês de março atingindo o platô durante todo o mês de abril, ainda acima dos 90% de ocupação, ainda temos pessoas aguardando leito exclusivo de covid, mas percebemos essa discreta diminuição no ritmo de contaminação”, explica o secretário.

De acordo com dados da Superintendência do Complexo Regulador em Saúde de Goiás, há 180 pessoas aguardando um leito de UTI adulto e três aguardando leito de UTI pediátrico exclusivos para Covid-19. Os dados foram atualizados às 11 horas desta terça-feira, 6.

No entanto, o dado não pode ser interpretado como uma queda sustentada, apenas o indício de que a contaminação pode estar desacelerando. “Fazemos análise várias vezes ao dia e percebemos a mesma tendência do início de agosto do ano passado de desacelerar um pouco, de diminuir o número de pedidos de vaga, mas mantendo um número alto de casos ainda. Mas aquela curva muito íngreme do começo de março diminuiu o ângulo. Uma queda sustentada mesmo teremos só no mês de maio. Primeiro você diminui a pressão na porta, aí os pacientes vão tendo alta, vai diminuindo a fila, depois que você percebe uma redução no número de óbitos, e só depois que começa a perceber redução no numero de positivados por dia, que é a última coisa, o que só vai acontecer em maio”, prevê Ismael.

Expectativa pós Semana Santa

Após o feriado prolongado da Semana Santa quando foram registradas aglomerações em cidades turísticas e festas clandestinas, Ismael Alexandrino diz que é preciso aguardar duas semanas para analisar o impacto do desrespeito aos protocolos de segurança e ao distanciamento social.

No entanto, o secretário acredita que poderá não haver piora no cenário, a exemplo do que aconteceu no feriado de 7 de setembro do ano passado quando Goiás vivia uma queda sustentada no número de casos. “Se entrarmos nesse patamar de queda sustentada nas próximas semanas, talvez a discreta exacerbação não tenha impacto nos números”, explica.