Goiás registrou, em média, 2,1 mil casos de Covid-19 por semana nas últimas quatro semanas epidemiológicas. Ao Jornal Opção, a Superintendente de Saúde de Goiás, Flúvia Amorim, explica que mesmo os números sendo considerados normais, pois mantém certo padrão desde 2022, a baixa cobertura vacinal, inclusive de grupos considerados vulneráveis, preocupa.

“Estamos com uma baixa cobertura para algumas faixas etárias. Uma grande preocupação são os idosos, que costumam a ter casos mais graves da doença e, consequentemente, mais óbitos. Muitos desses idosos não retornam para a tomar a dose de reforço”, explica Flúvia.

De acordo com a superintendente, outro grupo que preocupa são os imunodeprimidos, que possuem o sistema imune fragilizado por conta de determinadas condições, o que pode aumentar o risco para doenças como a Covid-19. Além disso, puérperas e gestantes devem buscar doses de reforço.

Entre a semana epidemiológica 34 e a 37 (18/8- 14/9), Goiás registrou 8.421 casos da Covid-19. Destes casos, 78 pessoas morreram por decorrência da doença no Estado. A média semanal de morte no período é de 19 pessoas.

Dengue

Outro ponto citado por Flúvia é a dengue. Segundo a superintendente, Goiás hoje passa por um período “interepidêmico”, ou seja, a diminuição de casos da doença. “É provável que teremos um aumento no número de casos lá para fim do ano, durante o o período chuvoso. Essa sazonalidade é normal por conta da falta de chuvas”.

“A dengue é algo que sempre devemos nos preocupar. Este ano tivemos a maior epidemia da doença. Foram mais de 200 mil casos e tivemos 384 óbitos confirmados em Goiás neste ano”.

Em 2024, Goiás teve um recorde de casos de dengue. Foram, desde o início do ano, 295.901 casos, segundo dados da Secretaria de Estado e Saúde de Goiás. O número é mais que o triplo do que o de 2023, quando Goiás registrou 55.687 casos de dengue.

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