“Goiás pode sofrer consequências se houver corte no Sistema S”, diz presidente da Fieg
23 janeiro 2019 às 15h08

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Ministro da Fazenda, Paulo Guedes, ameaçou em dezembro “meter a faca” no modelo, formado por organizações e instituições referentes ao setor produtivo

Muito ainda se fala sobre os possíveis corte no Sistema S, medida comentada pelo ministro da Fazenda, Paulo Guedes, em dezembro de 2018, antes mesmo de assumir o cargo. Caso se concretize a decisão, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Sandro Mabel, garante que Goiás sofrerá consequências sérias.
“Principalmente em relação à educação e qualificação profissional, que são os dois pilares para o crescimento de qualquer país e que hoje são desenvolvidos com eficiência pelo sistema Sesi e Senai, que fazem parte do Sistema Fieg, mantidos pela indústria”, disse.
Mabel considera desastrosa a possibilidade de cortes no Sistema S e revelou que hoje uma redução de 30% nas receitas do Sesi e Senai em Goiás traria consequências graves para todos, especialmente, empresas, trabalhadores, sociedade.
“Estimativas preliminares apontam o fechamento de seis ou sete das 28 unidades das instituições, a eliminação de mais de 76 mil matrículas e demissão de até 800 funcionários. A redução de receitas implicaria ainda em o Sesi não ter como aceitar mais de 40 mil participantes de ações educativas, não prestar atendimento e procedimentos médico, ocupacional e odontológico, vacinação e exames complementares a mais de 100 mil pessoas, além de o Senai reduzir drasticamente a formação e qualificação profissional necessária à indústria goiana”, explica.
O presidente ainda ressaltou a importância do investimento e lembrou que Goiás é referência em formação de profissionais para indústria. “Somos líderes mundial na fabricação de equipamentos agrícolas, a John Deere possui três centros de treinamentos no Brasil, um aqui no Senai Vila Canaã. A empresa investiu R$ 6 milhões na unidade porque a instituição tem credibilidade”, falou Sandro Mabel.
Após a fala de Guedes de “meter a faca” no Sistema S em dezembro do ano passado, o governo não voltou a falar sobre o assunto. Dessa maneira, não há notícias se o corte realmente ocorrerá, a partir de quando e em quais patamares.