Estado foi um dos que mais registraram casos em 2019 e dinâmica do vírus pressupõe circulação por regiões ainda não tão infectadas

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O Estado de Goiás não está entre os 11 com maior risco de surto de dengue em 2020, segundo o Ministério da Saúde. Isso não quer dizer que o mosquito Aedes Aegypti, transmissor do vírus, esteja sob controle por aqui. É que, de acordo com os estudos da pasta, a dengue tem os sorotipos 1,2,3 e 4. Uma vez que a pessoa é infectada com um desses sorotipos, ela não pode mais ser acometida pelo mesmo tipo do vírus. É o que ocorreu com o tipo 2, que em 2019 afetou mais intensamente os estados de Goiás, Minas Gerais e São Paulo.

No ano passado, 77% dos registros de dengue no País ocorreram nesses três estados. Ainda, 67% dos óbitos também aconteceram nestes territórios. Agora, é o momento do vírus circular em outras áreas, conforme prevê o Ministério da Saúde. Além dessa dinâmica, o vírus também é propiciado por chuvas e calor intensos. A previsão é de que neste ano, os surtos ocorram no Rio de Janeiro, Espírito Santo e todos os nove estados do Nordeste.

Em 2019, ocorreram 1.544.987 em todo o Brasil, um aumento de 488% em relação ao ano de 2018. O Ministério da Saúde contabilizou 782 mortes pelo vírus. Em Goiás, o a Secretaria Estadual de Saúde (SES) notificou até novembro do ano passado 141 mil casos de dengue com mais de 60 casos de mortes confirmadas. Quando contabilizados os casos de dengue, zika e chikungunya, houve um aumento de 248% nos registros de 2019.

Com o aumento dos casos, a pasta nacional publicou uma nota no último dia 10 em que dizia: “O Ministério da Saúde convoca a população brasileira a continuar, de forma permanente, com a mobilização nacional pelo combate ao mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, doenças que podem gerar outras enfermidades, como microcefalia e Guillain-Barré, o Aedes aegypti”.