Com cerca de 540 mil doses aplicadas, estado vacinou 20% de sua população prioritária até o momento

Governador Ronaldo Caiado aplicando dose de vacina contra a Covid-19 na primeira goiana imunizada do estado. | Foto: reprodução

Segundo dados disponibilizados pelos governos estaduais, é percebido avanço na vacinação nacional após liberação de uso das reservas para 2ª dose da imunização, no último domingo, 21. Segundo estatísticas do consórcio de veículos de imprensa, composto pela Folha de São Paulo, UOL, G1, O Globo, Extra e O Estado de S. Paulo, Goiás é o sétimo país em porcentagem de aplicação das doses recebidas, com 71%.

De acordo com dados divulgados pela superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, em transmissão ao vivo do Governo de Goiás que ocorreu na manhã da última quarta-feira, 31, até o momento, já foram aplicadas 540 mil doses da vacina em todo o estado. Com esse número, 5% de toda a população já recebeu pelo menos a primeira dose.

Conforme o levantamento, a média brasileira de aplicação do imunizante recebido pelo Governo Federal é de 67%. Na frente de Goiás, estão os estados de São Paulo (88%), Distrito Federal (83%), Mato Grosso do Sul (82%), Sergipe (78%), Bahia (77%) e Ceará (75%).

Sete estados, entretanto, se mantiveram bem abaixo da média nacional e só aplicaram metade das doses recebidas: Amazonas (51%), Mato Grosso (51%), Minas Gerais (49%), Maranhão (47%), Rio de Janeiro (46%), Roraima (45%) e Acre (41%).

Entretanto, Goiás se encontra entre os estados que só vacinaram até 20% de sua população prioritária. A média brasileira de população prioritária imunizada é de 22%. No momento, os estados com maior porcentagem de população prioritária vacinada são o Amazonas, com 34%, e o Mato Grosso (14%).

Justificativas para a velocidade da imunização

Na última quarta-feira, 31, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) chegou a questionar a disparidade entre os números de vacinas recebidas e aplicadas. “Por que o Brasil distribuiu 34 milhões de doses de vacina e nós só temos 18 milhões de doses aplicadas?”, indagou. Entretanto, descartou a possibilidade de “má vontade ou má fé” dos estados e municípios como justificativa.

Segundo as unidades federativas com maior descompasso, as principais motivações são a separação de metade dos lotes para aplicação da segunda dose, a falta de infraestrutura para inserir os dados da aplicação no sistema do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e falhas na própria plataforma. Além disso, os estados da Região Norte alegaram dificuldades na vacinação de indígenas, quilimbolas e ribeirinhos.  

Vacinação em Goiás

Para garantir a continuidade da vacinação de forma organizada, Flúvia Amorim ressaltou a importância de que os gestores dos respectivos municípios goianos realizem o agendamento da imunização. Na capital, o recebimento das doses pode ser agendado, conforme cronograma, por meio do aplicativo Prefeitura 24 horas.

“Caso não tenham recursos próprios, o governo Estadual disponibilizou uma plataforma de agendamento que pode ser utilizada por todos os municípios. O agendamento é fundamental para a não aglomeração durante o recebimento das doses da vacina contra a Covid-19”, conclui a superintendente.