Goiânia registra diminuição do número de fumantes na última década
29 agosto 2020 às 15h33
COMPARTILHAR
Prefeitura informa que número de fumantes na capital recuou 5,9 pontos percentuais. No entanto, conscientização segue como um importante instrumento de prevenção e combate ao fumo, especialmente em época de pandemia
Neste sábado, 29, o Brasil comemora o Dia Nacional de Combate ao Fumo. Em Goiânia, as razões para comemoração são ainda maiores. Segundo a Prefeitura de Goiânia, nos últimos dez anos, houve uma queda de 5,9% em relação a população de fumantes na capital. Em 2019, 14% dos homens e 4% das mulheres com mais de 18 anos eram fumantes.
Covid-19
No entanto, apesar da redução dos números, a pandemia do coronavírus trouxe um cuidado adicional à população fumante. A Secretaria Municipal de Saúde alerta que o uso de produtos fumígenos é um fator de risco para a transmissão da Covid-19 e também é considerado um facilitador para o desenvolvimento de formas mais graves da doença, devido um possível comprometimento da capacidade pulmonar.
Outro fator que contribui para o alerta por parte das autoridades, é que os fumantes são, consequentemente, mais vulneráveis a serem infectados pelo coronavírus, pois o ato de fumar proporciona constante contato com os dedos, com os lábios, aumentando a possibilidade de transmissão do vírus para a boca. O compartilhamento de produtos com bocais para inalar a fumaça, como narguilé, por exemplo, também podem facilitar a transmissão da doença.
O tabagismo também é considerado uma pandemia causadora de mais de oito milhões de mortes por ano no mundo. Somente no Brasil, estima-se que 438 pessoas morrem diariamente em decorrência do tabaco.
Fumante passivo
É importante ressaltar que existem também o chamado “tabagismo passivo” que é quando um não fumante inala a fumaça de produtos que contenham tabaco, como cigarro, charuto, cigarrilha, cachimbo, dispositivos eletrônicos para fumar ou do próprio narguilé.
O município de Goiânia conta com o Programa Municipal de Controle do Tabagismo idealizado pelo Ministério da Saúde. O programa tem duração de 4 a 6 meses e ajuda pessoas a deixarem o cigarro, fazendo um acompanhamento e se necessário, fornecendo medicamentos. As unidades de saúde que possuem grupos específicos de reabilitação de fumantes realizam os procedimentos de acordo com a demanda.