Prefeitura informa que número de fumantes na capital recuou 5,9 pontos percentuais. No entanto, conscientização segue como um importante instrumento de prevenção e combate ao fumo, especialmente em época de pandemia

Foto: Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas

Neste sábado, 29, o Brasil comemora o Dia Nacional de Combate ao Fumo. Em Goiânia, as razões para comemoração são ainda maiores. Segundo a Prefeitura de Goiânia, nos últimos dez anos, houve uma queda de 5,9% em relação a população de fumantes na capital. Em 2019, 14% dos homens e 4% das mulheres com mais de 18 anos eram fumantes.

Covid-19

No entanto, apesar da redução dos números, a pandemia do coronavírus trouxe um cuidado adicional à população fumante. A Secretaria Municipal de Saúde alerta que o uso de produtos fumígenos é um fator de risco para a transmissão da Covid-19 e também é considerado um facilitador para o desenvolvimento de formas mais graves da doença, devido um possível comprometimento da capacidade pulmonar.

Outro fator que contribui para o alerta por parte das autoridades, é que os fumantes são, consequentemente, mais vulneráveis a serem infectados pelo coronavírus, pois o ato de fumar proporciona constante contato com os dedos, com os lábios, aumentando a possibilidade de transmissão do vírus para a boca. O compartilhamento de produtos com bocais para inalar a fumaça, como narguilé, por exemplo, também podem facilitar a transmissão da doença.

O tabagismo também é considerado uma pandemia causadora de mais de oito milhões de mortes por ano no mundo. Somente no Brasil, estima-se que 438 pessoas morrem diariamente em decorrência do tabaco.

Fumante passivo

É importante ressaltar que existem também o chamado “tabagismo passivo” que é quando um não fumante inala a fumaça de produtos que contenham tabaco, como cigarro, charuto, cigarrilha, cachimbo, dispositivos eletrônicos para fumar ou do próprio narguilé.

O município de Goiânia conta com o Programa Municipal de Controle do Tabagismo idealizado pelo Ministério da Saúde. O programa tem duração de 4 a 6 meses e ajuda pessoas a deixarem o cigarro, fazendo um acompanhamento e se necessário, fornecendo medicamentos. As unidades de saúde que possuem grupos específicos de reabilitação de fumantes realizam os procedimentos de acordo com a demanda.