Neste sábado, 18, às 10h, Goiânia sediará um encontro que promete reunir ativistas e pesquisadores comprometidos com a luta ambiental e social. O lançamento do livro ‘Manifesto por uma Revolução Ecossocialista’, dos autores Michael Löwy e Júlia Câmara, será realizado no miniauditório da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás (UFG), no Campus I, na Praça Universitária.

O evento é aberto ao público e contará com a presença de Rafael Gomes, Tárzia Medeiros, Ademar Lourenço e Ricardo Takayuki, todos militantes ecossocialistas e filiados ao PSOL. O objetivo é debater os caminhos para superar o sistema capitalista e enfrentar a crise climática global com base em uma nova perspectiva de sociedade, voltada para o bem-viver.

De acordo com os organizadores, o lançamento será um espaço de diálogo sobre as ideias apresentadas no manifesto e sobre a urgência de uma transformação social profunda. “Este é um chamado a quem constrói o bem-viver no campo e na cidade, e acredita que precisamos mudar o sistema, e não o clima!”, afirma a convocatória.

A atividade contará ainda com uma fala de Tárzia Medeiros, que participará como uma das palestrantes convidadas. Para os idealizadores, o evento será também uma oportunidade de apresentar o documento como instrumento político de mobilização coletiva, capaz de articular lutas feministas, ambientais, antirracistas e populares em torno de uma nova agenda ecossocialista.

Durante o encontro, exemplares físicos do manifesto estarão disponíveis para venda. O evento está sendo organizado pelo professor Doutor em Sociologia, Flávio Sofiati, e demais organizadores.

Professor Doutor em Sociologia, Flávio Sofiati | Foto: Arquivo

Autores

O sociólogo e filósofo Michael Löwy, nascido em São Paulo em 1938, é uma das principais referências do pensamento marxista e ecossocialista mundial. Formado em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (USP), Löwy obteve o doutorado na Sorbonne, em Paris, sob orientação de Lucien Goldmann, com uma tese sobre o jovem Karl Marx. 

Já Júlia Câmara, coautora do manifesto, é historiadora com mestrado pela Universidade de Brasília (UnB). Nascida na Paraíba, ela é dirigente do PSOL-RJ, militante da organização Subverta e integra o Bureau da IV Internacional. 

O livro é fruto de uma elaboração coletiva aprovada em 2025 durante o 18º Congresso da IV Internacional. O texto posiciona a questão ecológica como eixo central do debate socialista contemporâneo e busca oferecer uma resposta à ameaça iminente de colapso climático global. Para os autores, a crise ambiental é também uma crise do modelo de produção e consumo capitalista, e a solução passa por uma revolução que una justiça ecológica, igualdade social e democracia real.

Leia também:

“Justiça climática para quem?”: catástrofes ambientais deixam de ser uma possibilidade em meio ao capitalismo desenfreado